28 de março de 2024
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Azambuja critica PT e PMDB e promete mudanças no Estado

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O pré-candidato ao governo do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB) afirmou durante entrevista na manhã de hoje para a FM Capital, que alguns pré-candidatos pregam uma mudança em Mato Grosso do Sul, mas o que eles podem oferecer é a continuidade de gestões que não atenderam ao pedido da sociedade. Uma aliança seria feita no Estado entre os tucanos e os petistas, mas a executiva nacional negou o pedido de coligação e mesmo ressaltando que não usará ataques durante sua campanha, após uma tentativa de se aliar ao PT (Partido dos Trabalhadores), Reinaldo faz questão de citar que tanto Delcídio do Amaral (PT) como o pré-candidato ao governo do Estado, Nelson Trad Filho (PMDB) possuem um “passado nebuloso”.

“Temos que diminuir a carga tributária, resgatar sonho de ser o Estado modelo do Centro Oeste. O PT e o PMDB não representam a mudança. O PT há 12 anos está à frente do governo Federal, não tem história de dinheiro federal, são impostos que pagamos e tem que ser enviado mais recurso para Mato Grosso do Sul. Queremos uma campanha positiva, olhando estado para frente, muitos pregam de bom moço e precisam dar explicações. O eleitor tem que avaliar o passado dos pré-candidatos, que possuem um passado nebuloso que precisa ser esclarecido. Estamos indo para disputa eleitoral que requer muitas explicações. Tem questões da Petrobrás de um lado, do outro lado tem uma série de denúncias em licitações, MPF (Ministério Público Federal)”.

Criticando as obras do Aquário do Pantanal, Azambuja faz questão de dizer que a obra foi um erro do governador André Puccinelli (PMDB), já que a saúde está precária no Estado. “Foram investidos R$ 200 milhões na construção de um aquário, eu não concordo com isso, eu investiria na saúde. Temos que parar de construir prédio e colocar mais atendimento. Em 212 falei muito sobre isso, chega de construir, vamos colocar médicos e medicamentos para população”.

Questionado se caso for eleito como governador de Mato Grosso do Sul, paralisaria a obra, Reinaldo ressalta que André deve terminar a obra e calcular quanto custará o funcionamento do aquário. “Foi um grande equivoco do governador André, ele vai entregar a obra pronta. Espero que ele termine e arrume quem vai gerir esse aquário, me disseram que manutenção mensal do local será de R$ 2 a 3 milhões. Eu nunca faria isso, não quero dizer o que ele deve fazer, respeito a posição do governador, mas discordo, se tivesse sentado ali e tivesse tinta na caneta, eu não faria este aquário”.

Ao falar dos problemas na saúde, Azambuja garante que o governo do Estado deixou de investir cerca de R$ 200 milhões na saúde de Mato Grosso do Sul. “Você tem que fazer o que população pede. A saúde no Estado não funciona porque existem os polos regionais, não adianta ter o prédio e não ter o remédio. Uma pessoa demora um ano para conseguir vaga na rede pública, temos que diminuir essa carga e investir nos hospitais regionais. O governo do Estado deixou de aplicar mais R$ 200 milhões na saúde. A Dilma através do TCU (Tribunal de Contas da União) deixou de aplicar R$ 30 bilhões, isso é um absurdo”.

Preocupado com os conflitos indígenas no Estado, Reinaldo afirma que os problemas deveriam ser solucionados pela União e critica o ministro da justiça, José Eduardo Barbosa. “O governo tem que ser árbitro nessa questão. O produtor não pode ser lesado, tem que ser indenizado pela União e pelo Estado. A União empurra com a barriga. Esse Zé Eduardo enrolão Cardozo, eu mesmo já falei para ele que tem gente morrendo, e agora eles vem com subpreço, querendo comprar terras a preço de banana. Paga o preço real que vale que vamos ampliar aldeias, a União tem essa responsabilidade. No nosso governo seremos juízes nessa questão, índios querem produzir, querem saúde. A população indígena está abandonada pela FUNAI (Fundação Nacional do Índio), o índio quer cultivar sua cultura, e é isso que temos que entender”.

Reinaldo garante que caso o pré-candidato a presidente da República, Aécio Neves (PSDB) seja eleito, sua primeira atitude é visitar Campo Grande para dialogar e disponibilizar recursos para o Estado. “A população pede saúde e segurança e isso é prioridade no nosso plano de governo. No dia que o Aécio esteve aqui, ele falou que o primeiro ato dele será vim a Campo Grande, sentar com setores da saúde e colocar recursos disponíveis. Mato Grosso do Sul tem que gastar 12% em saúde e ano passado teve 8.4%”.

A convenção para definir os candidatos do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) será realizada hoje, das 15 às 17h, na sede do futuro comitê em Campo Grande.

Dany Nascimento