23 de abril de 2024
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Negociação salarial

'Bernal traiu professores e quer empurrar acordo', diz presidente da ACP

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Os professores da Rede Municipal de Ensino foram até a Câmara Municipal nesta terça-feira (5) para pedir aos vereadores que retirem da pauta Projeto de Lei enviado pelo Executivo que trata do reajuste salarial dos servidores municipais. Bernal incluiu no PL os professores e a categoria não concorda uma vez que há Lei Municipal 5.411/14 que permite que a negociação salarial dos professores seja feita de forma separada dos demais servidores.

Segundo presidente do Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Eduação (ACP), Lucílio Souza Nobre, Bernal 'traiu' a categoria ao quebrar acordo anterior e oferecer aos professores eajuste escalonado de 9,57%, como fez com demais servidores.

"Estávamos em negociação para suspender ação que tramita no Tribunal de Justiça e propor acordo judicial na ação para garantir aplicação da lei e reajuste dos professores, mas do dia pra noite entrou votação esse projeto, que o prefeito ainda pediu sessão extraordinária na sexta-feira para votar em rgime de urgência. Por isso estamos indignados, nos sentimos traídos e queremos que os vereadores retirem projeto de votação", explica Lucílio.

A ACP tenta negociar com prefeito, via acordo judicial, o pagamento do reajuste referente ao piso nacional, de 13,01%, aprovado pela Lei 5.411/14, em duas parcelas, nos meses de maio e outubro deste ano, e do reajuste salarial de 2015 (11,36%) no dia 1 de maio de 2016. Porém, com inclusão dos professores no texto que prevê reajuste escalonado de 9,57%, a categoria receberia menos da metade do valor exigido e previsto em lei. O presidente do sindicato afirma que 'a ACP não quer fechar as portas do diálogo para Bernal', mas entende que o prefeito quer 'empurrar um acordo'.  "O que ele quer fazer é empurrar acordo da forma como ele quer e isso é desrespeito ao sindicato", finaliza.