28 de março de 2024
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Bolsonaro tem 50% de desaprovação devido a rejeição do centrão

A grande dúvida neste momento é sobre para onde vai o grupo que classifica o governo como regular – hoje, 20% dos entrevistados

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O governo do presidente Jair Bolsonaro já tem 50% de desaprovação, segundo levantamento de opinião do DataPoder360 realizado nesta semana, de 8 a 10 de junho de 2020, com 2.500 pessoas em todo o país. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Outros 41% ainda apoiam o presidente, mas há uma racha entre os próprios apoiadores que não concordam com a aliança de Bolsonaro com o centrão.  

Os percentuais apurados mostram que a rejeição de Bolsonaro segue em trajetória de alta, tendo ido de 44% para 47% em duas semanas. A taxa de regular variou de 23% para 20%. A aprovação ficou na mesma, em 28%.

A curva ascendente da rejeição criou 1 novo ambiente na política nos últimos 15 dias. Começaram a ganhar espaço grupos defendendo a troca de governo e a criação de uma “frente ampla” anti-Bolsonaro. Surgiu também 1 movimento chamado “Somos 70%” argumentando que o presidente tem apenas cerca de 1/3 do eleitorado a seu favor – e que 70% seriam contrários a ele. Esse movimento por sua vez comporta tanto pessoas da esquerda, quanto da direita. Trata-se de um movimento unificado pela pacificação do Brasil.  

A grande dúvida neste momento é sobre para onde vai o grupo que classifica o governo como regular – hoje, 20% dos entrevistados.

O DataPoder360 cruzou as respostas de quem acha Bolsonaro regular com as de quem aprova ou desaprova o governo.

A pesquisa, realizada de 8 a 10 de junho de 2020 pelo DataPoder360, divisão de estudos estatísticos do Poder360, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 518 municípios nas 27 unidades da Federação. O nível de confiança é de 95%. Conheça mais sobre a metodologia lendo este texto.

REJEIÇÃO EM ALTA

Há 1 dado claramente negativo para Bolsonaro nos últimos 2 meses: a curva de rejeição (os que acham o governo “ruim” ou “péssimo”) está em alta. Na pesquisa de 13 a 15 de abril, o percentual era de 33%. Hoje, está em 47%.

Essa trajetória da rejeição ao trabalho de Bolsonaro coincidiu com o recrudescimento da pandemia de covid-19 e com vários episódios em que o presidente se contrapôs a outros Poderes da República, ofendeu a mídia, perdeu 3 ministros (Sergio Moro, da Justiça, e Henrique Mandetta e Nelson Teich, ambos da Saúde) e participou de atos em que alguns ativistas pediam o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal.

Para complicar, houve a recente controvérsia sobre a divulgação dos novos casos comprovados de covid-19 e de mortes. O governo chegou a retirar do ar por alguns dias as informações completas. Houve uma reação negativa da mídia, que acabou criando 1 consórcio para apurar diariamente os dados sobre coronavírus. A pesquisa do DataPoder360 foi realizada nessa conjuntura, com noticiário amplamente negativo para o Planalto nas TVs, rádios, internet e mídia impressa.

VEJA AQUI A REPORTAGEM COMPLETA DO PODER 360.  

Fonte: Poder 360