29 de março de 2024
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Bumlai admite troca de e-mails com Instituto Lula, mas blinda ex-presidente em depoimento

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A Polícia Federal tem tentado descobrir no terceiro depoimento prestado por José Carlos Bumlai, indícios de envolvimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva do Partido dos Trabalhadores (PT) no esquema de corrupção e desvio de dinheiro da Petrobras.

Durante o terceiro depoimento de Bumlai, ele foi questionado 18 vezes sobre o ex-presidente, de quem ele é amigo pessoal desde 2002. Bumlai está preso há um mês pela Operação Passe Livre, que é desdobramento da Lava Jato.

Bumlai, entretanto, blindou Lula e o PT em todas as suas respostas, assim como fez nos depoimentos anteriores. No entanto, afirmou que para conversar com Lula telefonava para Marisa Letícia, então primeira dama, já que Lula não teria um número de telefone pessoal.

No inquérito em que questionou Bumlai sobre Lula, a PF investiga empréstimo de R$ 12 milhões tomado por Bumlai no Banco Schahin, em outubro de 2004 cujo real destinatário do dinheiro foi o PT conforme já atestou Bumlai. 

Sobre o capítulo Schahin, o pecuarista disse que o empréstimo foi negociado na presença do então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, condenado na ação penal do Mensalão. 

Bumlai também negou tentativa de agendar reuniões entre os anos de 2014 e 2015 para ex-presidente Lula e embaixador do Catar em Brasília. 

O empresário também disse que a presença de Delúbio Soares na sede do Banco Schahin representava o interesse do PT, mas avitou fazer relação direta com Lula, embora tenha admitido que Delúbio era homem de confiança do ex-presidente. 

Conforme publicação do jornal estadão, Bumlai disse em depoimento que costumava enviar e-mail para Clara Ant, do Instituto Lula. o pecuarista disse que atendia pedido de pessoas que diziam enviar e-mails e não ter respostas. O instituto não se pronunciou.