20 de abril de 2024
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Capital do MS pode se tornar centro de distribuição através da Rota Bioceânica

Reunião realizada em Assunção, nesta quinta-feira, apresentou estudo de viabilidade

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Campo Grande pode se tornar um importante centro de distribuição logística de produtos de exportação e importação para o Brasil, Paraguai, Argentina, Chile e o mercado asiático com a efetivação do Corredor Rodoviário Bioceânico, que fará a interligação do Centro-Oeste brasileiro com os portos chilenos de Iquique e Antofagasta.

Estudo de viabilidade do corredor foi apresentado na 7ª Reunião do Grupo de Trabalho sobre Corredor Bioceânico, realizada nesta quarta e quinta-feira, em Assunção, no Paraguai.

A reunião contou com a presença do titular da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), representando o Governo do Estado. Secretário afirmou que, no encontro, foi feita apresentação técnica sobre as ações realizadas no Estado no âmbito da Rota e que Campo Grande está sendo colocada como ponto inicial do corredor dentro do Estado.

“Além disso, foram apresentados dois estudos que destacam as exportações de Mato Grosso do Sul e apontam Campo Grande como um potencial centro de distribuição logística que geraria um ganho substancial de competitividade em termos de custo”, disse Verruck.

Ainda segundo o secretário, além de transformar a Capital no centro de distribuição logística do País, a rota também deve atrair investimentos, mirando o potencial turístico de locais pouco explorados, como Jardim e o Chaco Paraguaio.

Verruck disse também que há um entendimento comum e empenho concreto das autoridades brasileiras, paraguaias, argentinas e chilenas para a viabilização do Corredor Rodoviário Bioceânico.

“Estamos avançando na questão alfandegária e esse é um ponto fundamental. A implantação da Rota depende da integração das alfândegas para dar competitividade. Sem isso, não há viabilidade. Há um entendimento comum nesse sentido e um esforço concreto dos países envolvidos para a concretização da integração para que tenhamos alfandegas únicas. Ou seja, em um só lado de cada uma das fronteiras”, acrescentou Verruck.

Com relação a infraestrutura, no Paraguai, as obras da Transchaco estão avançadas e devem ser concluídas em 2022; Chile reforçou compromisso com a Rota e Argentina assegurou que serão feitas intervenções necessárias em seu território. Já com relação aos compromissos do governo brasileiro, reunião será realizada na próxima semana com o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Imasul) para tratar sobre a obra de acesso à ponte e definição do local para instalação da alfândega.

A 8ª Reunião do Grupo de Trabalho sobre Corredor Bioceânico será realizada nos dias 21 e 22 de agosto, em Campo Grande e deverá contar com autoridades dos governos do Brasil, Paraguai, Argentina e Chile.