25 de abril de 2024
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"Descompasso entre receita estadual e dívida com União precisa acabar", diz Delcídio

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A dívida ativa entre Mato Grosso do Sul e União consome hoje 15% da arrecadação do Estado, o que tem feito com que, durante o período eleitoral, o tema seja amplamente debatido entre os candidatos a governador do Estado.

Diversas alternativas já foram apresentadas, uma das mais frequentes é pleitear junto ao governo federal a redução da dívida em 5%. Já os menos otimistas defendem que a União aceite, pelo menos, congelar o valor devido, que hoje está em R$ 7,3 bilhões.

O candidato do PT ao governo, Delcídio do Amaral, apresenta uma nova alternativa. Para ele, o Estado poderia vender a dívida com a União a bancos privados e obter prazos mais flexíveis para quitá-la comprometendo um percentual menor da receita arrecadada anualmente.

"Mato Grosso do Sul não pode mais viver esse descompasso entre a dívida com a União e a receita do Estado. Vender a dívida para bancos privados como fez Mato Grosso, que se descolou dessa lógica, é possível, é uma alternativa", explica. Delcídio pondera que a negociação com bancos privados muitas vezes é mais dinâmica e, de certa forma, mais fácil.

Para o senador, a venda da dívida permitirá, a Mato Grosso do Sul, alongar o pagamento do valor devido esticando prazos, além de negociar juros, o que permitira ao Estado autonomia para investir em outros setores, como a indústria e  o agronegócio, acelerando o crescimento da economia.

"Vender para banco permite o alongamento da dívida, e oferece maior prazo e mais parcelas dando ao Estado condições de investir nele próprio" finaliza Delcídio.

Heloísa Lazarini