29 de março de 2024
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MARIELLE DO PSOL

Delegado da PF é suspeito de tentar obstruir investigações do assassinato de Marielle

O delegado teria levado uma testemunha para dar falso testemunho e dificultar a solução do caso

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Um delegado da Polícia Federal estaria envolvido na tentativa de obstrução do inquérito sobre o assassinato da ex-vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL-RJ) e Anderson Gomes. A informação foi publicada n coluna da jornalista Mônica Bergamo, na edição desta quinta-feira (23) da Folha de S.Paulo.

O delegado teria levado uma testemunha para dar falso testemunho e dificultar a solução do caso, de acordo com o relatório encaminhado pela própria Polícia Federal à Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, sobre a investigação do assassinato. Dodge exigiu que a PF apurasse a conduta de investigadores do caso, no ano passado, depois de várias evidências de irregularidades.

Marielle foi morta em março do ano passado. São cada vez mais fortes as suspeitas de que o homicídio esteja ligado ao crime organizado. Os atiradores escolheram um lugar sem câmera para efetuar os disparos. Eles também perseguiram o carro da parlamentar por cerca de quatro quilômetros.

O atirador morava no mesmo condomínio do presidente Jair Bolsonaro, o único presidenciável na campanha do ano passado que não lamentou a morte da ex-vereadora. A Polícia do Rio também havia prendido membros do chamado Escritório do Crime, grupo de matadores profissionais que exploram o mercado imobiliário de forma ilegal. Inclusive, a mãe de um integrante do grupo trabalhou no gabinete do atual senador Flávio Bolsonaro (PSL) quando ele era deputado estadual no Rio.