29 de março de 2024
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Demissão de ministro da Educação será pedido de paz à corte

O recado sobre a saída do ministro foi dado ao STF por ministros próximos do presidente

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Após o ministro da Educação Abraham Weintraub participar dos protestos a favor de Jair Bolsonaro no domingo (14.junho), integrantes do governo disseram a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que o titular da Educação deverá ser demitido em um gesto de paz à corte.

O presidente Jair Bolsonaro busca uma saída honrosa Weintraub, e que lhe dar um cargo no Planalto ou uma função diplomática no exterior.

Magistrados do STF acreditam inclusive que o ministro da Educação pode acabar sendo preso se continuar atacando as instituições, como tem insistido em fazer, como informou a coluna Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. 

Ontem, domingo (14), Weintraub, sem citar os ministros da corte, voltou a usar a expressão "vagabundos", termo usado por ele em referência aos magistrados do Supremo em reunião ministerial do dia 22 de abril, no lamentável vídeo em que ministros mais xingaram do que discutiram soluções aos problemas enfrentados na maior crise da sanitária no Brasil e mundo.  

O recado sobre a saída do ministro foi dado ao STF por ministros próximos do presidente. Desde o mês passado, tanto a cúpula militar como ala do governo considerada técnica vinham tentando convencer Bolsonaro de que a saída de Weintraub tornou-se necessária acalmar os 'ânimos' entre Executivo e Legislativo.  

Assessores presidenciais, indicam que Bolsonaro não quer que o ministro deixe o governo e procura uma saída honrosa para o 'amigo', que ganhou forte popularidade na base mais fiel do bolsonarismo, por suas ações pouco convencionais e uso estranho do cargo em favor da ideologia bolsonarista. 

As opções avaliadas por Bolsonaro são ou deslocar Weintraub para um posto de assessor especial, onde ele seguiria próximo do presidente e atuaria com seu irmão Arthur, ou no comando de um posto diplomático no exterior.

Em paralelo, o presidente pediu a deputados que proponham nomes para a pasta. Bolsonaro receia que a saída de Weintraub da Educação não seja bem vista por sua base de apoio e, portanto, deseja um nome que tenha uma linha ideológica semelhante à do atual ministro.

O presidente deve discutir o tema com Weintraub ainda nesta segunda-feira (15). Os dois têm uma audiência marcada no Palácio do Planalto.

Em petição apresentada nesta segunda-feira (15) ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) pediu a prisão temporária ou preventiva do ministro da Educação, Abraham Weintraub. Moraes é o relator do inquérito 4781, que investiga os atentados contra o STF.

Fonte: Folha de S. Paulo.