19 de abril de 2024
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Deputado estadual Paulo Corrêa

Diplomado pela sétima vez, Paulo Corrêa encara desafio emblemático

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O deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB) recebeu na noite de sexta-feira, 14, no Tribunal Regional Eleitoral, o diploma para exercer seu sétimo mandato consecutivo. Com sua esposa Adriana e os filhos, ele foi uma das presenças mais festejadas na solenidade. Afinal, além de figurar mais uma vez entre os mais votados e ter sua posição de liderança política reafirmada, agora é também alvo das expectativas de uma população que nutre grandes esperanças no papel do próximo presidente da Assembleia Legislativa.

Entre emocionado, tranqüilo e sorridente, não perdeu a humildade, mesmo no centro dos holofotes e dividindo as atenções da imprensa com outras autoridades, como o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), presidentes do TRE e do Tribunal de Justiça e os eleitos de outubro. Ao todo, a diplomação contemplava naquela noite 36 mandatos titulares para governador, vice-governador, dois senadores, oito deputados federais e 24 estaduais.

SERENIDADE - Com a serenidade de quem venceu dois desafios seguidos – a sexta reeleição e logo depois a busca de consenso para a Mesa Diretora da AL -, Paulo Corrêa considera emblemática e desafiadora a missão que está recebendo dos colegas. A chapa completa ainda não está definida, mas ele já tem 21 votos e aguarda o fim das conversas que indicarão os ocupantes dos demais cargos. “Vamos honrar o perfil e a história de uma instituição democrática e responsável com seu papel na democracia, que é dar eco às legítimas manifestações da sociedade e aprimorar a prestação de serviços inscritos entre as atribuições do poder”, resumiu.

Sem entrar em detalhes sobre o modelo de gestão a ser adotado, ele credita as iniciativas aos demais integrantes da Mesa Diretora pontuando que o Parlamento é um colegiado no qual todos têm voz e vez, regra que será mantida no gerenciamento administrativo da Casa. Cauteloso, discreto, Corrêa lembra que o processo de composição do quadro dirigente da AL ainda está em curso e é preciso respeitar a liturgia. Porém, observa que a Assembleia tem consciência de suas responsabilidades, incluídas as mais evidentes.

O deputado sabe que esse clamor destaca iniciativas como somar esforços com os outros poderes para otimizar os orçamentos e gerar economias importantes no enfrentamento da crise, ouvir o clamor das ruas que foram reverberados pelas urnas e restaurar ao Estado sua capacidade máxima de desenvolvimento social, econômico e sustentado, refletido em geração de empregos e oportunidades, redução das desigualdades e melhorias impositivas na saúde, na educação e nos serviços. Tudo isso, com os avanços que já vêm sendo empreendidos na gestão interna, fortalece o poder.

HISTÓRIA – Engenheiro civil e com experiências bem sucedidas na iniciativa privada, Paulo Corrêa entrou na política em 1993. Era secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano do governo de Pedro Pedrossian quando aceitou o convite para filiar-se ao PFL e candidatar-se a deputado estadual em 1994. Teve 11.066 votos e ficou de primeiro suplente, assumindo em 1997 quando o deputado Eder Brambilla renunciou para comandar a Prefeitura de Corumbá. Daí em diante foram seis reeleições consecutivas, sempre entre os mais votados: em 1998 com 13.051 votos; em 2002, com 19.851; em 2006, com 32.501; em 2010, com 35.330; em 2014, com 39.540; e agora, em 2018, com 27.664.

Embora seja ligado ao segmento dos empregadores da indústria, do comércio e do agronegócio, Paulo Corrêa tem um histórico de intervenções progressistas, especialmente em questões do meio ambiente. Já no primeiro mandato presidiu a Comissão Permanente de Meio Ambiente da AL. Tornou-se também coordenador da Frente Parlamentar da Indústria e membro do Conselho Estadual de Recursos Hídricos. É autor e co-autor de dezenas de projetos e iniciativas de proteção ambiental e do consumidor, entre os quais a Lei das Águas Cristalinas, criando uma faixa de proteção de 150 metros às margens dos rios da Região de Bonito, Jardim e Bodoquena, visando à conservação das matas ciliares e vegetação nativa; Lei do Atendimento Domiciliar Gratuito, para o atendimento médico domiciliar a pacientes acamados; Lei 1.953, que instituiu a Defesa Sanitária Animal; lei que torna obrigatória a reposição das espécies de peixes nos rios do Estado quando ocorrerem danos ecológicos, uma reparação prevista na Lei 1.909; e a proposta aprovada pelo Governo do Estado que obriga a apresentação de projeto de manejo para obtenção de licença de desmatamento. É a Lei Nº 2.043, que entrou em vigor em dezembro de 1999.