O parlamento está perplexo com a informação de que Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) entregou aquela lista feita pelo deputado bolsonarista, Douglas Garcia (PTB-SP), em que de maneira criminosa, dados de pessoas anti-fascistas foram relacionados como maneira de repreensão aos suas ideologias políticas. A lista tinha mil nomes, haviam até mesmo, 8 pessoas de Mato Grosso do Sul na relação, conforme apurou MS Notícias, que teve contato com a lista e posteriormente entregou às autoridades.
O filho do presidente Jair Bolsonaro teria enviado uma cópia da lista à embaixada dos Estados Unidos. O deputado Douglas Garcia confirmou ter transmitido o dossiê às autoridades americanas, junto com o filho do presidente. Os deputados da oposição falam em crimes de lesa-pátria e traição cometido pelos parlamentares, ao conspirarem com estrangeiros contra pessoas brasileiras.
A Justiça confirmou a existência da lista oficialmente. Garcia foi condenado na semana passada a indenizar uma mulher que teve seu nome incluído na lista de supostos “terroristas”.
Para elaborar o documento criminoso, Garcia pediu a colaboração dos seus apoiadores nas redes sociais. Estes, então, enviaram enviaram nomes, números de documentos, endereços e perfis de milhares de pessoas que se posicionam de forma contrária ao governo de Jair Bolsonaro. A lista inclui desde professores universitários a policiais militares e federais que se intitulam como antifascistas, além de integrantes de movimentos sociais que fazem a luta em defesa da democracia, e até estudantes.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também afirmou que Eduardo Bolsonaro deveria ser “denunciado e cassado” pela entrega do dossiê aos americanos. O possível crime de traição do filho do presidente esteve entre os assuntos mais comentados no Twitter.