25 de abril de 2024
Campo Grande 22ºC

‘Eles têm de se matar entre eles’, diz Carlão sobre autor de denúncia contra Bernal

A- A+

Denúncia feita pelo jornalista Carlos Roberto Pereira de que prefeito Alcides Bernal teria forjado assinatura do jornalista para mover ação  que resultou na instauração da Operação Coffee Break, do MPE  (Ministério Público Estadual),  revoltou vereadores envolvidos no processo que desencadeou  cassação do mandato de Alcides Bernal (PP) em março de 2013.

De acordo com Carlão (PSB), o fato novo que surgiu após duas semanas da entrega do relatório da Operação Coffee Break não irá, segundo vereador, “minimizar” acusações feitas aos parlamentares. “Agora não adianta ele divulgar, fazer denúncia, o estrago já foi feito. E ele deu uma procuração para Bernal, se Bernal usou isso cabe a ele processar o prefeito. Eles têm de se matar entre eles”, disparou Carlão.

Na avaliação de Edson Shimabukuro  (PTB), é preciso haver confirmação sobre a denúncia. “ A conclusão que tenho disso é de que o que Gaeco  instalou foi um processo legal. Agora com esse boato sobre a influencia do Bernal acho tudo isso muito terrível, revoltante”, disse vereador.

Nesta segunda-feira (14), Carlos Roberto Pereira, postou em grupo do WhatsApp áudio em que ele revela suposta "armação" feita por Bernal para instaurar Operação Coffee Break. Ao MS Noticiais , Carlinhos, como é conhecido na Capital afirma que prefeito havia usado seu nome para efetuar denúncia no Ministério Público que originou Operação Coffee Break.

“O Bernal meses depois da cassação veio me pedir que eu assinasse uma procuração para ele para que ele pudesse pedir na Justiça acesso ao processo da cassação. Eu fui ao escritório do advogado dele o José Melk e assinei. Depois disso, os vereadores ligados a Bernal entraram com ação popular para derrubar cassação e eu fui colocado como autor da ação”, disse. Segundo o jornalista, vereador Cazuza (PP) teria conhecimento do assunto.

A reportagem tentou entrar em contato com Prefeito Alcides Bernal que está em Brasília, mas até o momento do fechamento da matéria não houve retorno. Demais vereadores envolvidos denunciados  no relatório da Coffee Break também foram procurados, porém nenhum retornaram as ligações. Vereador Cazuza, citado como partícipe  no caso está com celular desligado desde a manhã desta segunda-feira.