No dia 22 de março de 2011 morria em Campo Grande o pecuarista Lúdio Coelho, um dos políticos de maior tradição nos dois Mato Grosso. Com frequência tratado como referência em ética, simplicidade e honra, Lúdio tornou-se um símbolo cultuado por diferentes gerações, respeitado até por adversários ideológicos. Com esse patrimônio, tornou-se o nome ideal para o Diretório Municipal do PSDB de Campo Grande criar o Prêmio Lúdio Martins Coelho.
Idealizado para fortalecer a relação entre direção e filiados, além de avivar os apelos programáticos do ideário tucano, o prêmio será entregue anualmente a cinco pessoas (três homens e duas mulheres) escolhidas por sua atuação política e social em bases éticas e responsáveis. A série de homenagens com o Prêmio Lúdio Martins Coelho será aberta neste sábado, 13, durante a II Feijoada Feijão de Bico, na sede do Rádio Clube Cidade, a partir das 11h45min.
Os cinco primeiros escolhidos são o governador eleito e deputado federal Reinaldo Azambuja; o ex-deputado e dirigente ruralista Jonathan Barbosa; o senador Rubem Figueiró; a vereadora e vice-governadora eleita, Rose Modesto; e a radialista Teresa Armanda.
QUEM FOI – Lúdio Martins Coelho era natural de Rio Brilhante e sua atuação empresarial como diretor de banco e, principalmente, grande criador de gado, logo o alçou para a vida pública. Nos anos 1960 disputou pela UDN o governo de Mato Grosso e perdeu para Pedro Pedrossian, do PSD.
Mesmo atuando fortemente na vida pública como dirigente partidário e interlocutor, só voltou à cena de disputas e mandatos a partir de 1983, quando tinha 61 anos e foi nomeado prefeito de Campo Grande numa época em que não havia eleições diretas nas capitais e cidades nas áreas de segurança nacional. Do mandato biônico entre 1983 e 1985, Lúdio conquistou no voto a segunda investidura como prefeito da capital e governou de 1989 a 1992. Em 1995 se elegeu senador da República, com mandato até 2003.
Edson Moraes
