19 de julho de 2025
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NOVOS RUMOS

Fábio Trad não tem nova filiação agendada e avisa que jamais será 'cúmplice do extemismo de direita'

Ex-deputado é uma forte opção do bloco progressista para disputas majoritárias em 2026

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"Fosse o dia de hoje o prazo fatal para uma decisão sobre meu futuro na política partidária, não optaria por retomá-la em virtude de razões pessoais. Entretanto, mais à frente, com o cenário definido, nada impede que nos adaptemos ao contexto para voltar a participar da vida partidária".

Com esta afirmação para o MS Notícias na tarde de ontem, quinta-feira, o advogado e ex-deputado federal Fábio Trad saciou a curiosidade de todos que queriam saber se após ter solicitada sua desfiliação do PSD já estaria com os pés na porta de entrada do PT. Eram muito insistentes e generalizados esses comentários, tendo em vista os posicionamentos que vem assumindo contra as insanidades do extremismo direitista e também por fazer parte do governo do presidente Lula.

 Para Fábio Trad, o PT é uma alternativa, contudo ele avalia que às vezes para servir ao País é melhor não estar filiado a partidos. Isto, então, explica as contundentes contraposições ideológicas que ele fez ao sair do PSD, anunciando jamais ser cúmplice do extremismo de direita Frisou a sua convicção democrática e associou a eleição de Donald Trump e a rearticulação da direita ao estreitamento do espaço ocupado pelas forças de centro, que, a seu ver, estão desaparecendo.

"Hoje, ou se é cúmplie do extremismo de direita ou se está ao lado do estado democrático de direito. Escolho a democracia com clareza, sem ambiguidade. Entre justiça tributária e cortes sociais, fico com a taxação dos ricos. Entre a fé usada como negócio político e o estado laico, eu fico com o respeito a todos os credos. Entre uma responsabilidade fiscal que castiga os pobres e outra que cobra dos privilegiados, eu escolho a justiça social", argumentou. 

CANDIDATURA

Em Mato Grosso do Sul, Fábio Trad é uma forte opção do bloco progressista para disputas majoritárias em 2026. O PT, por exemplo, só antecipou até agora uma pré-candidatura majoritária, a do deputado federal Vander Loubet para o Senado. Para o governo, as dúvidas estão assentadas na presença de petistas que ocupam cargos no governo de Eduardo Riedel (PSDB), pré-candidato à reeleição. 

Assim, em princípio o PT estaria fiucando disponível para reeditar a aliança do segundo turno de 2022, quando apoiou a eleição de Riedel em troca de espaços na administração tucana. Para preencher o vazio na indefinição sobre candidaturas ao governo, o nome de Fábio Trad é o que mais se aproxima das necessidades do campo democrático, no qual está abrigada a Federação da Esperança, com o PT, o PCdoB e o PV.

O perfil de Fábio Trad é, além de tudo, o mais palatável para uma frente democrática reunindo forças de esquerda, de centro-esquerda e de centro. Sobra até espaços para segmentos da direita que rejeitam nomes do bolsonarismo e estão dispostos a combater os inimigos da democracia. De perfil combativo e centrista, Fábio tem uma posição diferenciada em virtude de suas boas relações com Lula, ocupando o cargo de gerente de Auditoria e Controle da Embratur.

Para os analistas locais, mais que um nome petista ele tem tudo para melhorar a capilaridade de uma chapa progressista em um estado potencialmente conservador. Sobre sua atuação política, está entre os mais assíduos e qualificados propagadores das políticas públicas de Lula e defensor ativo da reeleição do presidente. Desde o início Fábio Trad vem usando suas redes sociais para atacar as manobras, as fake news e a campanha antilulismo da direita.