Em entrevista concedida hoje (25) após o cumprimento dos mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva que envolvem vereadores da Capital, empresários, um ex-vereador e secretário municipal, o promotor Marcos Alex Vera de Oliveira informou que já estão prestando depoimento na sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado ( Gaeco) os 13 envolvidos em suposto esquema de corrupção passiva e ativa e compra de votos de vereadores para cassar mandato do então prefeito Alcides Bernal (PP).
Segundo o promotor, não houve prisão decretada. “Eles serão ouvidos e liberados. É claro que eles estão sendo ouvidos na condição de investigados”, disse.
De acordo com o promotor, a operação teve início às 6h da manhã de hoje (25). Os mandados foram cumpridos em uma hora, segundo promotor Marcos Alex. Ao todo, foram 17 aparelhos de celular apreendidos. "A operação Coffe Break faz menção ao termo cafezinho utilizado nas ligações telefônicas para indicar eventual pagamento de propina”, disse referindo-se às investigações da Lama Asfáltica .
Na sede do Gaeco encontram-se os seguintes vereadores: Edson Shimabukuro (PTB), Mario Cesar (PMDB), Airton Saraiva ( DEM), Edil Albuquerque (PMDB), Carlão (PSB), Gilmar da Cruz ( PRB), Chocolate ( PP) e Paulo Siufi (PMDB). O secretário municipal de saúde Jamal Salem, na época da cassação vereador pelo PR, também está no Gaeco. Além dos parlamentares, está no local o empresário João Amorim, Fábio Portela, João Baird, além do ex-vereador Alceu Bueno.
Conforme Promotor Marcos Alex Vera, hoje às 15h na Procuradoria Geral de Justiça do Estado haverá nova coletiva para tratar dos desdobramentos da operação. Na coletiva, estarão presente Procurador Geral de Justiça do Estado, Humberto de Mattos Brites, e o Promotor de Justiça, responsável pelas ações de investigação junto ao Ministério Público Federal em apoio à lama Asfáltica, Thalys Franklin de Souza.
