17 de abril de 2024
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Crise

Governo anuncia pacote de medidas para injetar R$ 83 bilhões na economia

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Com intuito de impulsionar a economia e retomar crescimento do Brasil, a presidente Dilma Rousseff (PT) anunciou nesta quinta-feira (28) pacote de medidas de estímulo ao crédito que vão injetar R$ 83 bilhões na economia. 

Parte dos recursos do pacote de incentivo são oriundos do Fundo de Infraestrutura do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS) e serão investidos em empreendimentos da área e também na simplificação da emissão de debêntures de infraestrutura, que liberará até R$ 22 bilhões. Essa medida, no entanto, necessita de aprovação do Congresso Nacional.

Em segundo lugar, para aumentar poder de compra da população, o governo autorizou que parte do FGTS, paga por empresários em caso de demissões sem justa causa seja usada como garantia para o crédito consignado por trabalhadores do setor privado. A expectativa do governo é injetar de R$ 17 bilhões em crédito na economia. 

Ainda dentro dos incentivos para indústria e comércio, o governo liberou linha de crédito para o Programa de Sustentação do Investimento (PSI) e o Programa de Financiamento de Máquinas e Equipamentos (Finame), que deve resultar em empréstimos de R$ 15 bilhões, e anunciou reforço na concessão de crédito por bancos públicos com taxas menores que as de mercado.

A reabertura da linha do BNDES para financiar capital de giro de empresas com garantia do Fundo Garantidor para Investimentos (FGI) e com redução das taxas de juros deverá resultar na liberação de mais R$ 5 bilhões. Por fim, o aumento do prazo máximo de pagamento e a redução da taxa de juros da linha de pré-embarque de produtos exportados injetará R$ 4 bilhões.

Os principais setores beneficiados serão as micro e pequenas empresas, a construção civil, os exportadores e o agronegócio, que também deverá ser beneficiado com retomada da linha de pré-custeio agrícola do Banco do Brasil deverá injetar mais de R$ 10 bilhões no setor. 

Por fim, a aplicação de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em Certificados de Recebíveis Imobiliários deverá impulsionar o crédito habitacional também em R$ 10 bilhões.