23 de abril de 2024
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CURA

Governo brasileiro e o sigilo com russos sobre a vacina da Covid-19

Duas doses do remédio custará R$ 108, governo discutiu 'compra' da fórmula

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O ministério da Saúde do Brasil reuniu-se na 3ª-feira (4. agosto), às escondidas com representantes do Fundo de Investimento Direto da Rússia (RDIF), para debater a possibilidade de produção da vacina contra Covid-19 desenvolvida pelos cientistas russos. A conversa aconteceu em uma videoconferência sigilosa. Os russos adiantaram que vacina está em fase final de testes para ser produzida e aplicada na população ainda neste mês de agosto. A aplicação de duas doses custará 20 dólares (R$ 108). A informação é do Radar da revista VEJA

De acordo com informado, o grupo brasileiro era chefiado pelo secretário de Ciência e Tecnologia, Inovação e Insumos, Hélio Angotti Neto. O vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, também estava na delegação. O lado russo foi representado pelo CEO do RDIF, Tagir Sitdekov. Representantes da Phosagro/Conselho Empresarial Rússia-Brasil também participaram.

Um relatório interno do governo sobre o encontro aponta que o Brasil “indicou estar interessado em continuar o diálogo” com o lado russo.

A vacina é aplicada em duas doses, de acordo com os russos, o que gera melhor resposta imunológica e permite melhor resposta do que testes com vacinas de uma só dose, detalha o documento. 

Apesar do 'diálogo' os russos deixaram claro na reunião que o país deles precisa de 50 milhões de doses da vacina para desenvolver a resposta imunológica necessária na população, quantidade que demandará em torno de dez meses de produção nos laboratórios.

Os custos para o Brasil, se iniciada do zero a infraestrutura para produção da fórmula russa, foram estimados em até 50 milhões de dólares pelos russos, algo em torno de 271,5 milhões de reais.

Segundo o relatório do governo sobre o encontro, os representantes brasileiros pediram o relatório final do desenvolvimento da vacina, logo que finalizado, “com vistas a estudar melhor o caso”. O russo respondeu que o relatório final estaria disponível ao governo brasileiro até esta quarta.

Fonte: VEJA.