16 de abril de 2024
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Justiça reconhece que um dos cheques apresentados como prova contra ex-assessor de Olarte é falso

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A Seção Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul julgou, parcialmente procedente, um pedido de Ronan Edson Feitosa de Lima, e reconheceu que um dos cheques juntados ao processo em que Ronan e o prefeito afastado da Capital, Gilmar Olarte, são réus pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva é falso.

Conforme decisão, proferida no dia 27 de janeiro deste ano, um cheque no valor de R$ 5 mil vinculado a uma conta do banco Bradesco, que pertenceria a Ronan e fora assinado mecanicamente, é falso. Na decisão, os desembargadores que compõem a Seção Criminal determinaram que o caso seja investigado pela Polícia Civil.

Ronan, no entanto, alegou, no pedido, ter realizado perícia em quatro cheques, que segundo defesa do acusado, seriam falsos. Um do Bradesco, no valor de R$ 5 mil, dois do banco HSBC, um de R$ 9 mil e outro de R$ 20 mil, mais um não divulgado. 

No pedido, o ex-assessor de Gilmar Olarte, alega que os quatro cheques são falsos, tanto em relação às lâminas, pois ele alega não ser titular das contas e quanto em relação às assinaturas atribuídas a Ronan, no verso das folhas endossando os cheques, e apresenta perícia extrajudicial das folhas. Porém, na decisão os desembargadores, com base no parecer do relator do processo, desembargador Luiz Claudio Bonassini da Silva, reconheceram apenas  a falsidade do cheque do Bradesco.

De acordo com o advogado de Ronan, Hugo Melo Farias, as quatro folhas de cheque serão retiradas dos autos do processo porque não poderão mais serem anexadas como provas. "Agora o próximo passo é apurar quem fez a falsificação. Isso mostra que os valores divulgados não chegam nem perto do que realmente o Ronan realizou em empréstimos, que foram valores bem menores. Existem outros cheques que ele não assinou. As folhas passarão por perícia  judicial e perícia particular no período de seis meses aproximadamente. As quatro lâminas foram declaradas falsas pela perícia", explica. A perícia a qual o advogado se refere é a apresentada por Ronan, extrajudicial. Conforme o advogado, a apuração da falsificação das folha de cheque será feita pelo setor de investigação da Polícia Civil.