25 de abril de 2024
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CLÃ BOLSONARISTA

"Lua de mel com dinheiro público", revista denuncia filho do presidente

Racha no partido leva aliados a denunciarem suspeitas de "falcatruas" envolvendo a família presidencial

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Revista Istoé desta semana revela em reportagem de capa que o deputado federal Eduardo Bolsonaro teria pago sua lua de mel com recursos públicos.

A matéria, assinada por Germano Oliveira, mostra ainda diversas outras “falcatruas” que teriam sido cometidas pela família presidencial.

O longo texto que pode ser conferido nesse link. A revista diz ter escutado fontes, checado dados até chegar em uma: “assombrosa malha de práticas”, referindo-se aos resultados da investigação que poderia levar Jair Bolsonaro a sofrer processo de impeachment, se considerada a Constituição Federal. 

Com título da reportagem, a Istoé fala de uso de verba pública para fins pessoais, o que fere o decoro de forma clara, se comprovadas as acusações. Eduardo Bolsonaro, teria usado recurso do fundo partidário para pagar passagens aéreas. Nesta quarta-feira (23), o próprio Eduardo havia declarado que no partido as pessoas teriam que ser leais a seu pai, não leais ao fundo. No entanto, a Istoé traz a denúncia da hipocrisia que teria sido praticada por Eduardo ao usar o recurso em benefício próprio, na ocasião, em sua lua de mel. 

Ainda segundo a revista: “A manutenção de uma poderosa rede de milicianos digitais operados diretamente pelo Planalto, promíscuo fato que joga na marginalidade a República brasileira, transformando-a em republiqueta de fundo de quintal. Ou, melhor: fazendo da República uma associação criminosa de milicianos. Há também a revelação de que até o carro blindado do deputado Eduardo é pago com os recursos públicos do fundo partidário e que ele teria feito “rachadinha” com os salários da advogada do PSL”, denuncia Istoé. 

Relatos obtidos pela revista, apontam que advogada, Karina Kufa, contratada pelo PSL a pedido de Eduardo, teria sido a responsável por acertar os detalhes da viagem de lua de mel do deputado.

A união em questão, aconteceu em 25 de maio, quando Eduardo Bolsonaro, trocou alianças com Heloísa Wolf, no Rio de Janeiro. 

As despesas do casório foram pagas por amigos. No entanto, faltava a compra de passagens da viagem de núpcias rumo as paradisíacas Ilhas Maldivas. Falando em nome de Eduardo, a advogada teria ligado para Antonio Rueda, vice-presidente nacional do PSL, pedindo dinheiro do fundo partidário.

Rueda, ex-aliado de Jair Bolsonaro e agora próximo ao deputado Luciano Bivar, presidente nacional da legenda, chegou a confidenciar: “Não aguento mais essa mulher me telefonando para pedir dinheiro para o Eduardo”. Mas acabou liberando a grana.

As mesmas fontes, checadas com dois deputados do PSL ligados a Rueda, confirmaram a informação já citada acima de que até carro blindado de Eduardo é pago com o erário.

Hoje, ele é o presidente estadual do PSL paulista, depois de pressionar o senador Major Olímpio a desistir do cargo, e atualmente domina o caixa da legenda em todo o Estado, incluindo os diretórios municipais. Na quarta-feira, Olímpio manifestou sua intenção de pedir a dissolução do diretório.

*Com insformações e trechos da reportagem da Istoé.