25 de abril de 2024
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Marun diz que não assinou pedido de CPI, mas que apoia a iniciativa

Acusado em redes sociais de haver se posicionado contra a CPI da Lava Jato, Marun, em nota, diz que apóia a iniciativa e se diz independente

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O deputado federal Carlos Marun (PMDB) resolveu reagir ao que ele classifica de “boatos” que se espalharam pelas redes sociais e o classificavam como um dos parlamentares contrários à instalação da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) da Lava Jato, que tem por objetivo investigar a corrupção da Petrobras.

 “(...) pessoas mal intencionadas estão espalhando a falsa notícia de que eu teria me recusado a assinar o requerimento de criação da CPI da Petrobrás. Senti cheiro de armação no ar. Diante disso eu publiquei no facebook nota a respeito dos fatos. (...) Conversei com vários deputados do PMDB que como eu, não tiveram tempo de assinar o requerimento e que também estão sofrendo constrangimento em seus estados. No nosso partido, que representa hoje verdadeiramente a independência do parlamento, só dez deputados tiveram oportunidade de assiná-lo. Amanhã conversaremos com o presidente Eduardo Cunha a respeito desse assunto. Se ainda houver oportunidade, assinaremos. Se não, manifestaremos de outra forma oficial nosso apoio a CPI”, disse Marun em sua nota.

A nota informa, ainda, que não lhe foi apresentado o requerimento, uma vez que as 182 assinaturas necessárias já haviam sido colhidas e, dada a urgência de seu protocolo, ainda que nem todos os parlamentares tivessem oportunidade de assinar, o requerimento foi encaminhado à presidência da Casa. O deputado esclarece que compareceu ao escritório do senador Waldemir Moka (PMDB), para a devida assinatura do requerimento.

Marun, que faz parte do baixo clero da Câmara dos Deputados (aqueles de pouca expressão ou estreantes na função), disse que “praticamente não fui avisado por ninguém e assim mesmo alguns divulgaram a notícia de que eu teria me recusado a assinar o requerimento”. E finaliza a nota: “É fundamental que tudo seja realmente esclarecido e os culpados punidos. Doa a quem doer!"

Homem forte do grupo do ex-governador André Puccinelli (PMDB), estima-se que o deputado não fará franca oposição ao governo petista, mas também não comporá sua base, ambigüidade característica de seu mentor. A disputa em nível estadual entre petistas e peemedebistas impede uma aproximação serena entre membros das legendas.