Após divergir com o senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia, o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, é quem depõe hoje (21.set.2021) na CPI. 

Rosário é defensor das políticas de Bolsonaro e foi chamado de prevaricador por Omar, na sessão da última 3ª feira (15.set.2021). Pelo requerimento, o ministro deveria falar sobre investigação de desvio de recursos, mas Aziz já garantiu que ele deverá explicar sobre uma suposta omissão da CGU em negociações irregulares no Ministério da Saúde.

"O que ele tem que explicar não é as operações que ele fez, é a omissão dele em relação ao governo federal. Tem que vir, mas não tem que vir para jogar para a torcida, não. Ele vai jogar aqui é no nosso campo. E Wagner Rosário, que tinha acesso a essas mensagens [sobre negociações de compra de vacinas pelo Ministério da Saúde] desde 27 de outubro de 2020, ele é um prevaricador" afirmou Aziz, segundo a Agência Senado.  

Wagner Rosário usou o twitter para dizer que Omar Aziz estaria cometendo o crime de calúnia. Também na mesma rede social, Omar reafirmou a acusação contra Wagner Rosário. “Prevaricação também é crime”, publicou em resposta. Veja abaixo: 

Prevaricação também é crime. https://t.co/x3Ga8oL4oH

— Omar Aziz (@OmarAzizSenador) September 15, 2021

Entretanto, o depoimento foi marcado depois de aparecerem suspeitas de prevaricação, ou seja: como servidor público, teria deixado de tomar iniciativas e se omitido diante de irregularidade. 

Após o primeiro final de ano pandêmico, em abril desse ano Rosário saiu em defesa de Jair Bolsonaro, mentindo ao dizer que o presidente sequer tirou férias.

Wagner Rosário da CGU na #CPIdaCovid. Ele é o mesmo que em Abril desse ano teve coragem de dizer que no final de 2020 o presidente Bolsonaro não havia tirado férias. Desmentimos!pic.twitter.com/ePq7PyHyge

— Desmentindo Bolsonaro (@desmentindobozo) September 21, 2021