16 de abril de 2024
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Moro manda prender empreiteiro Dario Galvão

Nesta semana, a Galvão entrou com pedido de recuperação judicial, alegando dificuldades financeiras

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Empresário Dario Galvão, dono da Galvão Engenharia, foi preso nesta sexta-feira, em São Paulo; a ordem de prisão foi expedida pelo juiz Sergio Moro, do Paraná; nesta semana, a Galvão apresentou pedido de recuperação judicial; nesta nova fase da Operação Lava Jato, também foi detido Guilherme Esteves, apontado como operador do esquema

247 - O empresário Dario Galvão, dono da Galvão Engenharia, foi preso nesta sexta-feira, em São Paulo, por ordem do juiz Sergio Moro, do Paraná, em mais uma etapa da Operação Lava Jato. Nesta semana, a Galvão entrou com pedido de recuperação judicial, alegando dificuldades financeiras. Além dele, também foi detido Guilherme Esteves,  apontado como operador do esquema.

Abaixo, notícia da Agência Brasil:

Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil

Policiais federais cumprem hoje (27) mais dois mandados de prisão preventiva relativos à investigação da Operação Lava Jato. Um está sendo cumprido no Rio de Janeiro. Em São Paulo, os policiais cumprem um mandado de prisão e um de busca e apreensão.

As informações são da assessoria de imprensa da Polícia Federal. Os presos serão levados à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde ficarão à disposição da Justiça Federal. 

Leia, abaixo, noticiário da Agência Estado sobre a prisão de Dario:

A Polícia Federal prendeu na manhã desta sexta-feira (27) o empresário Dario Galvão, da empreiteira Galvão Engenharia. A prisão preventiva de Dario Galvão foi decretada pelo juiz Sergio Moro, que conduz todas as ações penais da Operação Lava Jato. A PF executa, pelo menos, outros dois mandados de prisão. 

A Galvão Engenharia é uma das 16 empreiteiras alvo da investigação sobre propinas, corrupção e carteirização na Petrobrás. 

Na última quarta-feira (25), a Galvão protocolou no Rio de Janeiro pedido de recuperação judicial, alegando dificuldades financeiras por causa de inadimplência, inclusive da Petrobrás. Um dos executivos da empreiteira, Erton Medeiros, está preso desde novembro. 

Nos últimos dias, dois empreiteiros fizeram revelações à força tarefa da Lava Jato, acerca do envolvimento de outros empresários. Um deles é Gerson Almada, da Engevix Engenharia. O outro é o empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia.

Leia, ainda, reportagem sobre seu pedido de recuperação judicial:

Consultor Jurídico - A Galvão Engenharia e a Galvão Participações apresentaram, nesta quarta-feira (25/3), à Justiça do Estado do Rio de Janeiro pedido de recuperação judicial. Alvos da operação “lava jato”, as empresas apontam que a condição financeira da Galvão Engenharia foi agravada pela inadimplência de alguns de seus principais clientes, dentre os quais, a Petrobras. “A companhia estatal não honrou pagamentos de serviços adicionais executados, por ela solicitados e atestados”, diz a companhia, em nota. O problema reflete na Galvão Participações.

Na operação “lava jato”, o diretor da Galvão Engenharia, Erton Medeiros Fonseca, foi preso. Além disso, a companhia foi proibida de contratar com a Petrobras, por decisão administrativa da própria petroleira.

O Grupo Galvão declara que “sempre esteve à disposição das autoridades para colaborar com as investigações” e que “jamais participou de qualquer tipo de suposto ‘cartel’ de empresas em prejuízo dos interesses de seus clientes”.

Busca polêmica
Uma das grandes polêmicas envolvendo o processo da “lava jato” diz respeito à Galvão Engenharia e à Galvão Participações. A Polícia Federal estendeu um mandado direcionado à Galvão Engenharia para a holding do grupo, cuja sede fica 17 andares acima da empresa.

A Galvão Participações funciona no 19º andar de um prédio em São Paulo e alegava que teve bens apreendidos sem autorização da Justiça, pois a PF aproveitou um mandado de busca que era destinado à Galvão Engenharia, localizada no 2º andar. O juiz responsável pelo processo, Sergio Moro, afirmou que a atitude da PF foi correta e aponta que havia autorizado a entrada em mais de um pavimento. No entanto, em dezembro de 2014, o Supremo Tribunal Federal declarou nulas provas colhidas em empresa diferente da que consta no mandado de busca e apreensão, ainda que no mesmo prédio.