25 de abril de 2024
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ELEIÇÕES 2022

"Não me venha com esse negócio de esquerda e direita", diz Kalil após aliança com PT

Pré-candidato diz que se alia a políticos que 'cuidam de gente'

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“Não me venha com esse negócio de esquerda e direita”,  rebateu Alexandre Kalil (PSD) ao confirmar que estará ao lado de Lula (PT), pois esse “É o lado que pensa e que cuida de gente”.  

O pré-candidato ao governo em Minas Gerais explicou ainda que deverá ter um vice do PT ao seu lado no palanque mineiro para as eleições 2022

“Eles [adversários políticos] estão um pouco assustados que o cara que veio da iniciativa privada está pensando em gente. Tentam tachar de foice, martelo, comunismo, não sei o quê. Esse não é meu papo. Meu papo é cuidar de gente. Eu nunca pulei de um lado radicalmente para outro", continuou Kalil. E declarou que “a 1ª coisa na vida é que você tem que ter lado” e que Lula “construiu uma história que tem que ser respeitada”.

O ex-prefeito disse ainda que o diálogo com o Planalto será “muito mais fácil” com Lula presidente.

Kalil destacou o que é notório pela grande maioria, que a vida das pessoas piorou durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL) na Presidência e de Romeu Zema (Novo) no governo estadual.

“Para mim, a carne é uma bobagem, a cervejinha é uma bobagem. Mas para quem é pobre, não é. Fazer um churrasquinho, tomar uma cerveja, comprar gás, fazer uma viagem para uma praia… Isso é vida, entendeu?”, opinou.

O ex-prefeito seguiu dizendo: "Eu tive oportunidade, não sou pobre, não ando de ônibus. Tenho caneta, relógio de ouro, tudo isso. Mas no governo eu cuidei de pobre", apontou. 

Kalil foi questionado sobre como vê o apoio de alguns políticos do PSD a Bolsonaro e até a Zema, seu adversário na eleição estadual.

Segundo ele, o apoio é por interesse em cargos e emendas do relator – "coisas aí que estão arrebentando o nosso país e não me interessam", continuou Kalil.

"Eles não têm a menor importância no quadro político em Minas Gerais. Eu nem sei o nome de todos e nunca entrei no gabinete de nenhum. Vários deles já foram encher meu saco lá na prefeitura", alfinetou.  

Kalil disse que os ataques a sua administração em BH e processos para manchar sua imagem foram “arquitetados pelo Palácio Tiradentes [sede do governo mineiro]".

"Eu fui alvo de uma CPI de um respirador que Belo Horizonte não comprou nenhum. Na pandemia, a prefeitura passou lisa, sem um processo, sem uma investigação. E o povo entende. É o que eu digo sempre, pobre é pobre, pobre não é burro", finalizou. 

A íntegra da entrevista de Kalil está no Jornal O Globo desta terça-feira (31.mai.22).