25 de abril de 2024
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OPERAÇÃO

Nora de Crivella é sócia de empresário preso por suspeita de desvios

Empresário foi preso por causa da LP Farma, que vende produtos hospitalares

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Preso na 5ªfeira passada (14.maio) em decorrência da Operação Favorito, que investiga o desvio de R$ 3,95 milhões em recursos públicos da área de Saúde, o empresário Leandro Braga de Sousa tem como pareceira de negócios, de acordo com a TV Globo, Maressa Crivella, casada com o filho de Marcelo Crivella, advogado Marcelo Crivella Filho. O suspeito e Maressa, tem negócios dividos, não na empresa investigada, mas em uma empresa, sediada em Orlando e aberta em junho de 2018, - LP Participações LLC.  Os documentos da Junta Comercial norte-americana revelam que a empresa não tem um ramo específico. Há ainda outro sócio: Israel Aurelio Ferreira.

Braga foi preso por causa da LP Farma, que vende produtos hospitalares para organizações sociais que administram unidades de pronto atendimento. E, estaria envolvido, em esquema de superfaturamento, de equipamentos que seriam adquiridos por hospitais de campanha contra a covid-19. 

Segundo as investigações, os produtos eram vendidos acima do preço normal e o lucro era dividido com Luiz Roberto Martins, dono da organização social Instituto Data Rio.Leandro teria recebido, só do Instituto Data Rio, quase R$ 9 milhões entre outubro de 2016 e novembro de 2018.

A empresa de Leandro no Brasil, a LP Farma, já teve relação com a gestão de Crivella. No site da Transparência da Prefeitura, constam cinco pagamentos para a firma de Leandro: cerca de R$ 25 mil.

O pagamento foi feito por meio da empresa pública de Saúde, a Rio Saúde, vinculada à Secretaria Municipal de Saúde. As transferências eram relativas a fornecimento de materiais para uso medicinal, cirúrgico e odontológico.

Leandro Braga de Sousa tem também, em andamento no governo estadual carioca, um pedido de isenção fiscal de R$ 10 milhões para a expansão das atividades da sua companhia, a LP Farma Comércio Importação e Distribuidora de Produtos Hospitalares.

Além de empresário, Leandro Braga de Sousa, foi candidato a vereador pelo município de Mesquita, na Baixada Fluminense no Rio de Janeiro, em 2016. Teve pouco mais de mil votos e não conseguiu se eleger.

Em nota, a Prefeitura do Rio afirmou que a empresa de Maressa e Leandro não prestam serviços de saúde para órgãos públicos.

INÍCIO DAS INVESTIGAÇÕES 

Em delação premiada homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), o advogado Jonas Lopes Júnior, filho do então presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Jonas Lopes de Carvalho, disse que o empresário Mário Peixoto pagava de R$ 25 mil a R$ 30 mil por mês para conselheiros a fim de terem "boa vontade" com Organizações Sociais da Saúde. Em troca, Jonas Júnior ficava com uma comissão de 5%. Os pagamentos ocorreram entre os anos de 2013 e 2014. Mário Peixoto não explicou porque interrompeu os pagamentos. Jonas Júnior suspeita que Peixoto ficou preocupado com a Lava-Jato. Os pagamentos eram entregues no escritório de Jonas Júnior.

DEFLAGRADA 

A força-tarefa da Lava-Jato investiga que o grupo se preparava para interferir nos contratos firmados pela Organização Social IABAS com o governo para implantar sete hospitais de campanha, que o estado prometeu para tratar as vítimas do Covid-19. A investigação não chegou a ser aprofundada. O que motivou a suspeita foi o fato de planilhas de custos que detalhavam como os R$ 876,4 milhões seriam empregados em equipamentos, obras físcias e pessoal foram encontradas em e-mails de dois integrantes do esquema de Mário Peixoto.

Fonte: *Com informações do O Globo; O Anatgonista e Gazetaweb.com