19 de abril de 2024
Campo Grande 25ºC

Para Brasil "não parar", governo divulga resolução para elaborar tabele de frete

A- A+

A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) publica hoje a resolução com o procedimento a ser adotado para a elaboração de tabela de referência de frete atendendo à reivindicação dos caminhoneiros de todo Brasil. O anúncio aconteceu ontem no final da noite.

O anúncio tem como principal objetivo impedir a extensão da paralisação dos caminhoneiros que se iniciou ontem em cinco estados (SP, MT, RS, SC e PR). Os caminhoneiros decidiram promover nova paralisação para pressionar o governo depois de uma reunião frustrada, em março, com ministro dos transportes Antonio Carlos Rodrigues. 

"Os representantes do governo disseram que há empecilhos jurídicos para uma tabela impositiva (de frete), e a categoria não quer uma tabela apenas referencial", disse o representante dos caminhoneiros autônomos do Centro-Oeste, Gilson Baitaca, na quarta-feira, ao anunciar as novas manifestações.

?Segundo nota do Palácio do Planalto divulgada à imprensa, "o governo federal reitera o cumprimento de todos os compromissos assumidos com o setor, entre eles, a isenção de pedágio para eixo suspenso de caminhões que trafegam vazios, a renegociação de dívidas dos financiamentos do Procaminhoneiro e Finame e o perdão das multas por excesso de peso dos últimos dois anos".

O governo informou que até as 18h30 desta quinta-feira havia nove rodovias federais com 16 pontos de manifestações "pontuais e localizadas, concentradas nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso, sem prejuízo ao abastecimento dos municípios".

As indústrias que contratam frete, especialmente aquelas que trabalham com produtos agrícolas, são contrárias ao tabelamento reivindicado pelos caminhoneiros. A categoria porém alega prejuízo, pois sem um valor mínimo, segundo os caminhoneiros, sempre que há aumento de tarifas como combustível e energia as indústrias acabam pagando menos pelo frete. Eles exigem valor mínimo acrescendo cerca de 30% sobre valor do frete praticado hoje.