19 de abril de 2024
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SUCESSÃO NA CAPITAL

Para observadores, apoio de Azambuja a Marquinhos é gesto exemplar na política

Além dos investimentos, governador honra compromisso pessoal e fortalece estratégia vitoriosa de gestão

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O PSDB não terá candidato à prefeitura de Campo Grande, embora tenha em seus quadros nomes de indiscutível qualificação eleitoral e política para o tamanho desse desafio, como a deputada federal Rose Modesto e o secretário estadual de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel. 

No entanto, os tucanos não ficam ausentes da disputa. Vão participar dela, e com um peso decisivo, porque suas forças e prestígio foram colocados à disposição do projeto que busca a reeleição do prefeito Marquinhos Trad (PSD). A solução se deve à atitude firme, decidida e transparente com que o principal líder do PSDB, o governador Reinaldo Azambuja, trouxe da sucessão estadual de 2018 até aqui no âmbito do entendimento institucional e político entre Estado e Município.

VÍNCULOS

A parceria que governador e prefeito celebraram vem assegurando à capital investimentos em obras e serviços que, até agora, já mobilizaram cerca de R$ 1 bilhão. Entretanto, além do vínculo administrativo, com a última disputa estadual um laço ainda mais vigoroso se estabeleceu no campo da afetividade pessoal e da combinação programática: o apoio de Marquinhos à reeleição de Azambuja deu maiúscula contribuição à matemática exitosa dos votos que sacramentaram mais quatro anos de mandato ao governante tucano.

Naquela oportunidade, Azambuja abriu de publico uma vontade pessoal, de foro íntimo, ao confessar que nas eleições municipais, por gratidão e respeito, gostaria de retribuir ao prefeito de igual modo, trabalhando por sua reeleição. E fez ainda questão de ressalvar que a sua vontade não significaria jamais uma imposição sobre a vontade dos correligionários e repetiu desde então, como um mantra, que a palavra final sobre coligar-se ao PSD ou lançar candidatura própria caberia ao partido.

EXEMPLO

Para observadores experientes, este é um dos gestos exemplares que a história política de Mato Grosso do Sul vai guardar em seus melhores capítulos, pouco importam os resultados das urnas. O PSDB deixou de disputar a prefeitura da maior cidade de Mato Grosso do Sul para conservar a relação bem-sucedida que se tornou necessária e estratégica para quase  um milhão de habitantes, principalmente depois dos estragos de desgoverno e abandono que Campo Grande sofreu por quatro anos seguidos na era pré-Marquinhos. 

Em evidente e progressiva dinâmica de recuperação, o município tem adquirido em pouco tempo um fôlego extraordinário para restaurar seu potencial de crescimento. E além dos investimentos em recursos, obras e serviços, a parceria Estado-Município fornece outros ingredientes. Um deles é a soma de inteligências estratégicas. 

Governador e prefeito se equiparam nessa desafiadora especialidade gerencial. Fazem do planejamento uma arma técnica e administrativamente poderosa e eficiente na previsão, no diagnóstico e na solução dos problemas mais complexos. Nesse particular, o papel que o secretário Eduardo Riedel desempenha passou a constituir peça indispensável no exercício colaborativo de pensar Campo Grande juntamente com o gestor da cidade. 

Riedel, então, que poderia ser uma das pedras de toque de Azambuja para pavimentar os horizontes do PSDB nas eleições municipais deste ano e com os pés n a sucessão estadual em 2022, tornou-se um operador efetivo da vontade comum das lideranças que, juntas, e diante dos riscos de percurso, assumiram a responsabilidade de seguir um mesmo caminho enquanto isso for possível. A parceria se estendeu e se aprofundou a esse nível, o que valoriza e enriquece o conteúdo do apoio político e eleitoral de Reinaldo Azambuja a Marquinhos Trad.