19 de abril de 2024
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Pauta trancada

Para vereadora, há interesse 'eleitoreiro' por trás da recusa em votar suplementação

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A vereadora Luiza Ribeiro (PPS), aliada do prefeito Alcides Bernal (PP) na Câmara Municipal voltou a criticar os vereadores da Casa de Leis por não colocarem em votação o pedido de suplementação do prefeito para viabilizar pagamento dos convênios assinados com instituições assistenciais.

Luiza afirma que, para ela, não votar a suplementação é um ato ‘político, eleitoreiro.’ Para vereadora, a Câmara está agindo com parcialidade, dando a Bernal tratamento “diferenciado” ao que era concedido ao então prefeito Gilmar Olarte.

“Qual é a razão de não votar. É razão de natureza política, eleitoreira, ou razão maior. A Câmara nunca negou pedido de suplementação dos executivos. Nós presenciamos pedidos de suplementação na época do Olarte chegarem na Casa às 10 horas e serem aprovado às 12 horas, sem nem dar oportunidade de conhecer efetivamente o pedido”.

A vereadora questiona a atuação dos colegas ao não votar o pedido de suplementação de R$ 4 milhões. Segundo Luiza, o projeto de suplementação deu entrada na Casa no dai 15 deste mês, mas foi colocado em pauta, em caráter emergencial, apenas no dia 17, data em que os vereadores decidiram trancar pauta do Executivo até que prefeito entre em acordo com professores. “O pedido do prefeito está aqui desde dia 15 porque não vamos votar? Acho que Câmara tem que justificar à sociedade seu interesse, é diminuir atividade administrativa da prefeitura, é impossibilitar que esses recursos cheguem a atividade final?”

Outro lado

Sem aprovação da suplementação, entidades assistenciais e Organizações Não Governamentais, estiveram na semana passada na Câmara pedir aos vereadores que votem projetos separadamente, por entidade, afim de viabilizar liberação do recurso uma vez que o prefeito alegar que sem suplementação não há como paga as entidades pelos convênios firmado.

Entretanto, vereadores como Paulo Siufi (PMDB) alegam que Bernal está fazendo "manobra" para prorrogar pagamento já que a verba para esta finalidade esteve disponível durante 2015, mas não foi repassada. "Dinheiro tem, ele é mentiroso. Eu não retiro minha palavra, ele tem que pagar todos os meses", disse nesta manhã o vereador. 

A vereadora Carla Stephanini (PMDB), fez pronunciamento e exigiu que prefeitura envie novo projeto ainda hoje para que Câmara possa colocá-lo em votação, porém, o novo texto deve conter especificações individuais de cada um dos convênios separado por entidades com valores discriminados. Segundo Carla, essa é uma medida preventiva para garantir que dinheiro será aplicado corretamente.

Quem se dispôs a negociar com prefeito envio de novo projeto, além de Luiza, é vereador Betinho (PRB), que mantém contato com executivo no intuito de viabilizar entrega do documento ainda durante sessão desta quinta.