28 de março de 2024
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Parlamentares da Câmara mostram surpresa após prisões de Amorin e Giroto

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Os parlamentares se mostraram surpresos com as prisões do empresário João Alberto Krampe Amorim dos Santos e o ex-deputado federal Edson Giroto, nesta terça-feira (10), resultante da Operação Lama Asfáltica, nas investigações do MPE (Ministério Público Estadual). 

Chiquinho Telles (PSD), disse que apesar das prisões, é preciso ter cautela no processo das investigações contra os envolvidos. “Eu fiquei sabendo agora de manhã pela imprensa e fui pego de surpresa. É importante que mesmo com as prisões não haja julgamento, porém é necessário dar uma resposta para a sociedade, esperamos por essa resposta”, disse Chiquinho.

Já Paulo Siufi (PMDB), preferiu adotar uma postura cautelosa em relação à prisão do ex-colega de partido, (PMDB). “Eu não tenho tanta informação para opinar a respeito, estou sabendo por cima, mas o fato é que se ocorreu algo, a Justiça vai trabalhar para apurar a situação e verificar a veracidade dos fatos”, diz Siufi. 

A vereadora Magali Picarelli (PMDB), também ex-colega de partido de Giroto foi categórica ao dizer que as prisões destacam um cenário político desfavorável na Capital. “Eu fiquei sabendo da notícia agora pouco, acredito que uma situação dessa de prisão afeta ainda mais o cenário político atual mas ele não faz parte do nosso partido então não me vejo na condição de explorar mais esse assunto. De qualquer forma a população com certeza quer respostas e a Justiça fará o seu papel”, pontuou a vereadora. 

Prisões
João Amorim e Giroto foram encaminhados para a Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) e restante do grupo segue para Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos). A prisão temporária foi decretada pelo juiz Carlos Alberto Garcete, na noite de segunda-feira (9). O prazo de prisão é de cinco dias. A decisão é referente à investigação relativa à licitação que ensejou o contrato pelo qual a Proteco Construções Ltda tinha a obrigação de “recuperação da estrutura da faixa de rolamento da rodovia MS-228, com aplicação de revestimento primário e implantação de dispositivos de drenagens, numa extensão de 42 km – Local: Rodovia MS-228, entre Km 35,0 e Km 77,0, no município de Corumbá.

Em sua decisão, o magistrado entendeu que o material apresentado pelo Ministério Público justifica, sem sombra de dúvidas, a medida pleiteada. “Há farta documentação a indicar, prima facie, que, possivelmente, consolidou-se uma organização criminosa com objetivo de auferir vantagens ilícitas em contratos administrativos de obras e serviços com o Estado de Mato Grosso do Sul, consistente em falsificações de medições e outras ações escusas que objetiva receber por serviços não realizados ou realizados de forma insuficiente”, destacou Garcete.

Lama Asfáltica
No dia 9 de julho deste ano, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão e quatro ordens de afastamentos de servidores estaduais. A ação ocorreu em um órgão estadual, além de residências e empresas que possuíam contratos com o Poder Público. O prejuízo investigado é de R$ 11 milhões na construção de obras com recursos federais.