16 de abril de 2024
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23ª Lava Jato

Marqueteiro de petistas tem mandado de prisão decretado por manter contas ilegais no exterior

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A Polícia Federal deflagrou na manhã desta segunda-feira (22) a 23ª fase da Operação Lava Jato, denominada "Acarajé". Os policiais estão cumprindo mandados nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. Cerca de 300 policiais federais cumprem 51 mandados judiciais, sendo 38 de busca e apreensão, seis de prisão temporária e cinco de condução coercitiva. 

Na Bahia, os mandados são cumpridos em Salvador e Camaçari, no Rio de Janeiro, nos municípios de Angra dos Reis, Petrópolis e Mangaratiba e em São Paulo, além da capital, há mandados sendo cumpridos em Campinas e Poá.

Entre os alvos da Operação, está marqueteiro João Santana, responsável pelas campanhas presidenciais de Lula, em 2006, e Dilma Rousseff (PT). Santana também foi  responsável pela campanha do senador Delcídio do Amaral (PT) em 2014 quando o parlamentar disputou governo do Estado. O marqueteiro, entretanto, não está no Brasil. Conforme assessoria de Santana informou à imprensa, ele está na República Dominicana. 

Santana se tornou alvo da Lava Jato depois que a Polícia Federal encontrou um manuscrito na casa de Zwi Skornicki, que teria sido escrito pela mulher de João Santana, que também teve mandado de prisão preventiva decretado. No manuscrito, ela, supostamente, indica contas no exterior pertencentes a Santana. 

O objetivo das investigações desta fase é o cumprimento de medidas cautelares, a partir de representação da autoridade policial, relacionadas a três grupos: um grupo empresarial responsável por pagamento de vantagens ilícitas; um operador de propina no âmbito da Petrobras; e um grupo recebedor, cuja participação fora confirmada com o recebimento de valores já identificados no exterior em valores que ultrapassam US$ 7 milhões.

Os presos serão levados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde permanecerão à disposição da 13ª Vara da Justiça Federal.

A 23ª Fase da Operação Lava Jato foi denominada Acarajé, em alusão ao termo utilizado por alguns investigados para nominar dinheiro em espécie.