29 de março de 2024
Campo Grande 23ºC

'BAIXA RENDA'

PL pode trazer auxílio de R$400 a estudantes de instituições públicas

Proposta de Camila Jara foi apresentada em reunião com forças municipais e conta empenho de emenda de Vander Loubet, no valor de R$ 1 milhão.

A- A+

Auxílio no valor R$ 400 pode chegar para estudantes de universidades públicas (Universidade Federal-UFMS; Universidade Estadual-UEMS e Instituto Federal-IFMS), se aprovada a proposta do projeto de lei da vereadora Camila Jara. O texto do PL está sendo elaborado pela Subsecretaria Municipal de Políticas para Juventude (SUBJUV) e, até a primeira quinzena de março, deve ser apreciado pela Câmara, com lançamento de edital previsto para junho de 2021.

Dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), divulgados em 2020,  segundo os critérios da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), colocam o Brasil como uma das maiores taxas de desigualdade de aprendizagem entre estudantes considerados ricos e pobres.

Brasileiros entre os 33% dos alunos, de todo o mundo, com nível socioeconômico (NSE) mais alto ficaram – em média – mais de 100 pontos acima dos 33% de alunos com nível socioeconômico mais baixo.

Assim como Camila Jara, na manhã desta quarta-feira (10) participaram de uma reunião na Câmara os vereadores: William Maksoud (PTB), Professor André (REDE), Tabosa (PDT) e Carlão (PSB), que contaram com a presença do deputado federal Vander Loubet (PT), a subsecretária de juventude Laura Miranda, o subsecretário adjunto da SUBJUV, Nikythelms Guesso, e a superintendente de Administração e Finanças da secretaria, Michele dos Santos Ferreira. Loubet garantiu uma emenda de R$ 1 milhão.

“A ideia é criar um auxílio municipal permanente para que os estudantes de baixa renda da UFMS, UEMS e IFMS consigam superar o momento de crise que estamos vivendo”, afirmou a vereadora Camila Jara.

DESIGUALDADE EDUCACIONAL

No Brasil, segundo o Mapa da Aprendizagem, que é mantido pelo Instituto Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Portal Iede), pela Fundação Lemann e pelo Itaú BBA, São analisadas as áreas de “ciências”; “matemática”; “leitura”; “resolução colaborativa de problemas” e “educação financeira”.

Enquanto a média nacional nessas áreas são, respectivamente: 18,2%; 12,3%; 25,5%; 6% e 21,% - a região Sul do país apresenta os níveis mais elevados no índice e fica acima da média em todas as categorias (22,6%; 16,9%; 31,3%; 8,1% e 26,9%). Sudeste e Centro-Oeste apresentaram bons resultados também acima da média nos cinco campos.

Já Norte e Nordeste não seguem a mesma linha e escancaram a desigualdade educacional. Somente na área de resolução colaborativa de problemas que ambas as regiões aproximam seus números, que ainda assim não igualaram da média nacional, com menos de três pontos percentuais de diferença.