29 de março de 2024
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"MAIS LARANJA"

Presidente do Senado é suspeito de ocultar imóvel da Justiça Eleitoral

Governo segue enfrentando inúmeras denúncias contra seus aliados

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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), escondeu da Justiça Eleitoral a posse de imóveis durante quase toda a sua carreira política, segundo o jornal Folha de S. Paulo. Levantamento de escrituras e registros no único cartório de imóveis e nos três cartórios de notas da cidade de Macapá mostrou uma grande diferença daquele declarado pelo político ao longo de sua vida. O artigo 350 do Código Eleitoral define como crime omitir bens em declarações para fins eleitorais. A pena é de até cinco anos de prisão e multa.

A reportagem relembra que "Davi, 41, conquistou o comando do Senado no último dia 2 ao derrotar Renan Calheiros (MDB-AL), alcançando projeção política inédita em sua carreira. O amapaense já disputou sete eleições, tendo sido vereador (2001-2002) e deputado federal (2003-2014) antes de virar senador, em 2015. O agora presidente do Senado é membro de uma família com patrimônio elevado no Amapá, possuidora de mais de uma centena de imóveis, postos de gasolina, empresas e retransmissoras de TV, entre outros. Desde 2002, Davi vem informando aos seus eleitores ter poucos bens, às vezes nenhum."

A matéria informa que "em 2002, 2010 e 2012, por exemplo, declarou não ter nem um centavo de patrimônio. No ano passado, quando disputou e perdeu o governo do Amapá, afirmou à Justiça Eleitoral ter R$ 770 mil —uma casa de R$ 585 mil, além de depósitos e aplicações bancárias. Os registros cartoriais em Macapá, no entanto, mostram que desde o final dos anos 90 até pelo menos 2016 há registros de aquisições imobiliárias feitas pelo senador no centro e em condomínios residenciais da cidade."