20 de abril de 2024
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Depoimento por escrito

Promotor se recusa a ouvir novo depoimento de ex-motorista

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A mudança no depoimento do ex-motorista do prefeito afastado Gilmar Olarte causou estranheza para o Promotor de Justiça que está à frente das investigações da “Operação Coffee Break” Marcos Alex Vera de Oliveira, em coletiva de imprensa realizada nessa terça-feira (16) ele disse não acreditar que essa mudança de depoimento causará alguma alteração nas investigações.

O advogado de defesa de Fabiano, Diogo Godoy conversou na manhã dessa quarta-feira (17) com a equipe do MS Notícias e esclareceu alguns pontos importantes, por exemplo, a negativa do promotor em ouvir novamente o seu cliente. “A testemunha tem o direito de mudar o depoimento, e na recusa do promotor em ouvir meu cliente, nós vamos enviar um depoimento por escrito”.

Diogo conta ainda que Fabiano enviou um DVD para Marcos Alex contendo aproximadamente 3 horas de gravações onde se comprova que ele teria sido coagido a prestar o primeiro depoimento, mas o promotor apesar de ter recebido o material se recusou a ouvi-lo. “O promotor se antecipou muito ao dizer que e insignificantes, ele nem ouviu as gravações”.

Ainda de acordo com o advogado, o seu cliente vai realmente mudar o depoimento, e segundo Diogo Fabiano foi fortemente coagido a depor da primeira vez em que teria ido espontaneamente até o promotor.

O advogado fez questão de lembrar ainda que no áudio que foi divulgada pela imprensa na terça-feira (16), é possível observar que seu cliente é praticamente obrigado a citar o nome do ex-governador André Puccinelli, e quem o pressiona é o advogado Antônio Trindade. “Só através desse áudio já é possível compreender que meu cliente estava sendo forçado por esse advogado Antônio Trindade a falar de uma coisa que ele não tinha conhecimento, o nome do André Puccinelli não foi citado em nenhum momento pelo meu cliente, e nem nas investigações, não que eu saiba.”

A equipe do MS Notícias entrou em contato com o Promotor de Justiça Marcos Alex, e com o Ministério Público Estadual (MPE), mas até o fechamento dessa matéria não teve retorno.