28 de março de 2024
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TRÊS LAGOAS

Rastreamento alcança novos e antigos gestores sob suspeita em MS

Ex-prefeitos de Miranda e Anaurilândia e atuais, como os de Corumbá e Três Lagoas,na alça de mira da Justiça

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Assim como os ex-prefeitos Vagner Guirado (PR), de Anaurilândia, e Neder Vedovato (PSB), de Miranda, administradores atuais – entre eles Ângelo Guerreiro (PSDB), de Três Lagoas, e Marcelo Iunes (PSDB), de Corumbá – figuram entre os gestores que direta e indiretamente estão caindo sob suspeitas da opinião publica e dos órgãos de fiscalização e controle. As instituições parecem decididas a aprimorar e tornar implacável o sistema de monitoramento e controle sob responsabilidade dos tribunais de Justiça e de Contas, Ministério Publico, Controladoria-Geral da União (CGU) e Receita Federal, entre outros.

De nepotismo a fraudes licitatórias e prevaricação, a desvio de verbas e mau uso de recursos e patrimônio públicos, os crimes e irregularidades formam uma montanha de demandas processuais que envolvem o descaminho dado a verbas de fontes federal, estadual e municipal. O ex-prefeito de Miranda, Neder Vedovato, eleito em 2008, está em apuros.  A Justiça Federal aceitou a denúncia contra ele, o empresário Dairo Peralta e outras quatro pessoas, todos acusados de fraude em licitação e desvio de recursos do Projovem, que causou prejuízos de R$ 408,1 mil ao poder publico.

Na semana passada uma força-tarefa da Polícia Federal e CGU, na Operação Atalhos, cumpriu em três municípios de Mato Grosso do Sul e dois de São Paulo 21 mandados de busca e apreensão. Os agentes investigam um esquema de fraudes e de arranjos em concorrência para desviar dinheiro do Programa Nacional de Transporte Escolar (PNTA). Em Três Lagoas, estão sendo investigados desvios de cerca de R$ 12 milhões nos exercícios de 2015a 2017, sob responsabilidade da prefeita Márcia Moura (MDB), que governou até 2016, e do prefeito Ângelo Guerreiro, seu sucessor.

O ex-prefeito Vagner Guirado, de Anaurilândia, foi alvo de várias denúncias e chegou a ser afastado. Um dos casos resultou na sua condenação pelo crime de improbidade administrativa, quando o Ministério Publico o denunciou por beneficiar a empresa de uma irmã em contrato pago com dinheiro da Prefeitura. Já em Corumbá, o prefeito Marcelo Iunes é alvo de denúncia do Ministério Publica por infrações semelhantes. Foi denunciado pelo MPE por ter contratado uma empresa da própria esposa e ainda por tê-la nomeado para comandar a Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania.