25 de abril de 2024
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Rompimento do PMDB com governo Dilma aumenta chances de impeachment ser aprovado na Câmara

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O rompimento do PMDB com presidente Dilma Rousseff, que deve ser confirmado na tarde desta terça-feira (29) após reunião dos diretórios do partido já é tido como certo por parlamentares da base aliada da presidente e também da oposição.

A saída do PMDB do governo provocou reação dos deputados membros da comissão especial que analise pedido de impeachment da presidente que se reuniram nesta manhã para traçar estratégia de "cassada aos indecisos". Até momento, dos 65 deputados que compõem comissão especial do impeachment, 40 já se declararam favoráveis à deposição da presidente. A expectativa dos deputados da oposição é que com saída do PMDB do governo, os parlamentares que ainda estão indecisos caminhem para apoio ao impeachment. Caso Dilma seja deposta, quem assume Presidência da República é o vice, Michel Temer, que, em encontro com ex-presidente Lula, no domingo (27), teria confirmado ao petista o rompimento.

Sem o PMDB, a presidente Dilma perde apoio de 69 deputados e 18 senadores. Até momento, três ministros já deixaram governo. Edinho Araújo (ex-ministro de Portos) e Eliseu Padilha (ex-ministro da Aviação Civil) retornaram á Câmara Federal e já confirmaram apoio ao impeachment. Ontem, o ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) pediu exoneração do Ministério do Turismo. Porém, há ainda resistência por parte dos ministros Kátia Abreu (Agricultura), Marcelo Castro (Saúde) e Helder Barbalho (Portos), que defendem manutenção da aliança.

Outro perda sofrida pela presidente Dilma é em relação ao PSD. O presidente nacional da sigla, ministro Gilberto Kassab, liberou os parlamentares para decidir voto em relação ao impeachment. O PSD ainda se mantinha como aliado do governo. Kassab, porém, não pediu até momento exoneração do cargo de ministro.