24 de abril de 2024
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Sem novidades, Eduardo Campos apenas critica governo de Dilma Rousseff

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O presidenciável Eduardo Campos (PSB) esteve ontem em Campo Grande para selar o apoio entre seu partido e o PMDB de Mato Grosso do Sul. Durante o encontro interpartidário, lideranças do PMDB como presidente regional do partido deputado Junior Mochi e a pré-candidata ao Senado Simone Tebet confirmaram que a partir de agora o PMDB no Estado e o PSB são um só. E formalizaram a trinca, Nelsinho, Simone e Campos.

Com a presença dos senadores Jarbas Vasconcelos, Pedro Simon e Ricardo Ferraço, que apoiam a pré-candidatura de Eduardo Campos o evento em si teve uma conotação de críticas, ora severas, ora amenas, ao governo atual da presidente Dilma Rousseff (PT). O senador Pedro Simon relembrou os tempos da ditadura militar e fez uma análise temporal sobre a política brasileira, que, para ele, desde o governo Fernando Henrique Cardoso se transformou em um troca troca. Simon criticou o número excessivo de ministérios, hoje são 40, e de partidos políticos, hoje são 44, e defendeu que a reforma política é o primeiro passo para o que ele chama de moralização do Brasil.

O discuso mais esperado da noite era, com certeza, o do presidenciável Eduardo Campos, que tem defendido em entrevistas concedidas a imprensa, a mudança. Campos, no entanto, não apresentou nenhuma estratégia ou sequer diretriz do que pretende mudar muito menos como fazer isso. O presidenciável se limitou a criticar políticas públicas do governo Dilma em especial as políticas sociais.

Embora tenha dito que é preciso mudar e tenha acusado Dilma de não olhar pelo Nordeste, região em que a presidente obteve 11,5 milhões de votos, quando questionado sobre os problemas de infraestrutura, segurança, e os déficits na área de educação que existem em Pernambuco, estado em que governou durante dois mandatos, Campos simplesmente não respondeu e também não especificou quais são as novas medidas que pretende implantar caso eleito para resolver os problemas de infraestrutura e educação no Nordeste.

Questionado se a falta de apoio da principal liderança do PMDB, o governador André Puccinelli, em relação a sua pré-candidatura, Campos apenas disse que "tudo vai certo" em tom já cansado do discurso enérgico que havia feito minutos antes.

Participaram do encontro: os vereadores Edil Albuquerque, licenciado, Paulo Siufi, Carla Stephanini, Mário César, e Loester, todos do PMDB, e os vereadores Flávio Cezar e Otávio Trad, do PT do B. Entre o deputados estaduais, estavam presentes os deputados peemedebistas Eduardo Rocha, Junior Mochi, Carlos Marun, Marquinhos Trad, e os do PT do B Mara Caseiro e Marcio Fernandes. Também esteve presente o deputado federal Fábio Trad.

Heloísa Lazarini