17 de abril de 2024
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Takimoto pede serenidade e diz: Brasil precisa se unir contra a crise

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“Independentemente das paixões políticas e ideológicas, o que é mais necessário neste momento para o Brasil é que todos tenham serenidade, que também as instituições e seus representantes concentrem-se no foco do combate à crise, tanto econômico-financeira quanto ética e política”. A afirmação é do deputado estadual George Takimoto (PDT), ao comentar o cenário cada vez mais favorável no Congresso Nacional ao afastamento da presidenta Dilma Roussef (PT).

Segundo o deputado, a crise, mesmo refletindo uma conjuntura mundial, tem componentes loais que podem ser tratados pelo governo brasileiro. “É perfeitamente possível atenuar efeitos da crise combatendo algumas de suas causas ou fatores de agravamento. Baixar juros, por exemplo, é um caminho. Enxugar a carga tributária é outro. Repactuar com maior amplitude as dívidas dos estados, podemos acrescentar”, exemplificou Takimoto.

Sobre o mérito das denúncias contra a presidente, Takimoto observa que a previsão de afastamento de presidente é constitucional, ainda que os processos para sua utilização não estejam totalmente pacificados. “Há opiniões divergentes no caso da Dilma, e geralmente por causa das preferências e escolhas de cada um. Porém, há algo incontestável: o País não pode continuar do jeito que está, semi-paralisado, sendo devorado pela conjuntura de crise, deficiente nos serviços, perdeu o ritmo de desenvolvimento que tinha até pouco empo atrás”, analisa.

O pedetista entende ainda que a decisão do STF de afastar o deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) da presidência da Câmara e suspender seu mandato demonstra que a saúde e a integridade das instituições de sustentação do estado democrático de Direito continuam funcionando. "Ninguém é inimputável. É essencial que as instituições funcionem. A democracia precisa ser qualificada para ser arejadora, garantindo a todos os acusados o direito à ampla defesa e, quando for o caso, fazendo valer a lei na punição aos seus transgressores".

SAÚDE – Takimoto reforça sua preocupação com a falta de intervenções governamentais para dar ao setor de saúde publica respostas mais efetivas. “A situação já era crítica. Complica-se mais agora com a queda de receitas, o desemprego em massa e a infestação de endemias”, diz. E sugere uma hemi-privatização do sistema para desengessar o atendimento e melhorar o acesso dos pacientes às consultas, exames e outros procedimentos.

Uma das soluções possíveis conforme a proposta do deputado consistiria no seguinte: nos hospitais conveniados com o SUS, os pacientes submetidos a regime de internação e que são clientes de planos de saúde optariam pela acomodação em apartamentos hospitalares, pagando a diferença aos médicos e à hospedagem. Dessa forma, e sem prejuízo do atendimento prestado à rede do sistema único, os hospitais teriam um reforço extra de caixa com o dinheiro da hospedagem e as filas diminuiriam.