25 de abril de 2024
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RACISTA ASSUMIDO

Trump diz que vai designar antifascistas como 'organização terrorista'

Antifascismo é uma posição política e não uma entidade ou partido

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 O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (31) que pretende classificar antifascistas como uma organização terrorista. No entanto, o antifascismo é uma posição política, e não uma entidade ou partido.

"Os Estados Unidos vão designar ANTIFA como uma organização terrorista", escreveu Trump em uma rede social, citando a abreviação da palavra antifascita.Uma forte onda de protestos tomou o país após a morte de George Floyd, negro que foi sufocado ao ter o pescoço prensado pelo joelho de um policial branco na última segunda-feira (25). Desde então, manifestantes pedem o fim do racismo e da brutalidade policial.

Trump lamentou a morte de Floyd, mas passou a ameaçar os manifestantes e a dizer que os protestos são conduzidos por radicais de esquerda, que querem usar a morte de Floyd para levar o caos ao país e impor suas demandas.

Trump assegura que não tem um osso racista em seu corpo. Mas, basta um mergulho em seu histórico, repleto de episódios controversos, para pôr em dúvida a anatomia do presidente.

Há 45 anos, durante o governo Nixon, o Departamento de Justiça processou o empresário, o pai Fred e a Trump Management por discriminação contra negros. A eles era negada a possibilidade de alugar apartamentos, sob a alegação de que não havia imóveis disponíveis.

Com várias vertentes e definições, o antifascismo tem como cerne o combate a regimes autoritários, geralmente ligados à ultradireita, que costumam defender o culto à personalidade e o racismo.

O maior exemplo do fascismo foi a ditadura de Benito Mussolini (1922-1943), que levou a Itália a lutar na Segunda Guerra ao lado da Alemanha nazista.O antifascimo também é relacionado a críticas ao poder de grandes corporações e das elites.Assim, muitas vezes é classificado como ultraesquerda, embora também tenha proximidade com o anarquismo, que defende sociedades sem governos.

Parte dos antifascistas defende abertamente o uso da violência, como a destruição de propriedades, como meio para chegar a mudanças. Não há, no entanto, uma entidade antifascista organizada, embora alguns grupos façam reuniões eventuais para coordenar ações.

Nos Estados Unidos, grupos antifascistas foram a atos da ultra-direita para impedir que fossem realizados, pois defendem que o discurso de ódio e a defesa do racismo devem ser combatidos. Eles também protestaram na posse de Donald Trump, em 2017.