23 de abril de 2024
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Unido, PSDB qualifica sustentação política e administrativa de Azambuja

Adesões de prefeitos e lideranças na posse de Sérgio de Paula ilustram no ciclo de fortalecimento partidário

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O partido precisa estar preparado, unido e estimulado para cumprir seus principais papéis em Mato Grosso do Sul: cumprir seu ideal programático e dar sustentação política e administrativa ao governo. Esta, em resumo, foi a senha de posse que Sérgio de Paula transmitiu ao grande número de filiados presentes à sua eleição e investidura na presidência do Diretório Regional do PSDB, neste sábado.

A mensagem foi reforçada enfaticamente pela maior liderança tucana no Estado, o governador Reinaldo Azambuja, e reverberada por expressivas personagens do corpo partidário, como os deputados federais Rose Modesto, Bia Cavassa e Beto Pereira; os estaduais Paulo Corrêa, Felipe Orro, Onevan de Matos, Marçal Filho e Professor Rinaldo; o secretário estadual de Saúde e deputado federal licenciado, Geraldo Resende; e dezenas de prefeitos e vereadores.

“Tenho comigo que quando todos os componentes de um organismo funcionam em sintonia, cada um com sua finalidade, não há como deixar de acreditar e de apostar que os resultados positivos virão. É consequência. E o PSDB está fazendo esse caminho, unido e determinado a atender aos vários apelos da sociedade, sejam os administrativos, sejam os políticos”, frisou Azambuja.

QUALIFICAÇÃO - O governador destacou as virtudes de Sérgio de Paula, seu secretário especial de Articulação Política do Governo, pontuando que o partido está em boa guarda, mas ressalvou: “Ninguém faz as coisas sozinho, sobretudo quando os desafios são imensos e complexos. O Sérgio não vai agir sozinho, terá todo o conjunto dirigente consigo. Ele, pessoalmente, tem todos requisitos   necessários. É homem de diálogo, conhece a fundo a estrutura, o estatuto e o programa do partido, sabe como cada diretório municipal está caminhando”, descreveu.

Sem entrar especificamente na questão matemática, de Paula e Azambuja admitiram que é intenção do PSDB fazer o maior número possível de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores em 2020. No entanto, fazem questão de observar que as coligações proporcionais já não serão mais permitidas. Nas disputas de 2016, os tucanos saíram das urnas com 36 prefeitos. Dois anos depois esse número subiu para 40, num trabalho de expansão liderado por Sérgio de Paula. Agora, com a filiação dos prefeitos André Nezzi, de Caarapó; Jean Sérgio, de Douradina; e de Selvíria, José Fernando Barbosa, eleitos respectivamente pelo PDT, PEN e PSB, os tucanos passam a comandar 43 prefeituras.


Para Sérgio de Paula, é difícil fazer um cálculo sobre quantos prefeitos será possível eleger. “É claro que queremos sempre mais. Porém, precisamos considerar e respeitar a conjuntura das alianças, temos parcerias com vários partidos e estes também almejam eleger seus filiados. É um direito que vamos respeitar”, explicou. O caso de Campo Grande é um dos que parecem já pré-definidos: o governador Reinaldo Azambuja demonstra interesse em apoiar a reeleição do prefeito Marquinhos Trad (PSD).

Esta tendência está dentro da lógica e se for mantida no ano eleitoral as bases, fiéis a Azambuja, não criarão problemas. OP entendimento é simples: se Marquinhos Trad apoiou e empenhou-se pela reeleição de Azambuja, natural que a recíproca se estabeleça na sucessão local. De Paula preferiu não entrar a fundo nesse debate, assinalando que cultiva a boa vizinhança com todas as forças políticas e que seu papel agora é discutir com os dirigentes os passos que serão dados a seguir.

MISSÃO – Dirigir o PSDB, mesmo em âmbito regional, não deixa de ser um desafio complexo por tratar-se de legenda nacional, com papéis gerais e específicos que exigem das lideranças estaduais o máximo de envolvimento no processo de fortalecer, ampliar e, em alguns casos, até de reconstruir o partido. Em Mato Grosso do Sul, o partido viveu um princípio de rusgas no primeiro quadrimestre deste ano, quando os deputados Rose Modesto e Beto Pereira se organizaram com seus seguidores para disputar o comando do Diretório. O princípio de incêndio foi apagado quando Azambuja colocou sua mãe conciliadora e sugeriu um tertius para solucionar o impasse.

Sérgio de Paula foi o escolhido – e pela calorosa reação de apoio ao seu nome durante o ato deste sábado, a impressão que ficou é que o partido conseguiu sua solução de consenso, expressão que utilizou ao comentar a presença da deputada Rose ao lado de Beto Pereira e ambos ladeando Sérgio de Paula na aclamação dos convencionais.


Ao ser indagado pelo MS Notícias sobre suas prioridades, de Paula esclareceu: as prioridades não são de um filiado apenas, são de todos os militantes do PSDB, principalmente o seu corpo dirigente. “Temos eleições em 2020, mas não podemos tratar disso como se fosse uma coisa que se resolve na caneta, na vontade individual. O PSDB encara a eleição como um processo de envolvimento coletivo. Temos nossas bases, que dão a palavra que decide, e temos as nossas parcerias, os partidos que dão sustentação ao Governo, que têm pontos programáticos em comum conosco”, salientou. “Por isso, nossos passos políticos e eleitorais terão sempre um ponto de partida: a unidade interna e, em seguida, a afirmação democrática do que o partido, como um todo, decidir”.


Mais uma imensa responsabilidade, segundo de Paula, é otimizar ao máximo a presença do PSDB como força motriz da ação política e gerencial do Governo. Primeiro, ele esclarece que o Governo não é o PSDB e não age para atender o PSDB. E insiste: o governo e o governador são instituições e agentes de uma ordem republicana para atuarem, como magistrados, em defesa do interesse publico. “Temos um governante que governa para as pessoas. Aí estão resultados incontestáveis, indicadores nacionais que reconhecem a capacidade de Reinaldo Azambuja para resistir e encarar a crise, promovendo inclusão social, gerando empregos e retomando o desenvolvimento, além de destacar-se na liderança de quesitos como a transparência e a austeridade”, completou.

Por fim, de Paula está consciente que um de seus papéis na presidência é trazer lideranças, eleger prefeitos e vereadores e liderar as estratégias partidárias. Mas o papel maior dele será fazer da quantidade de tucanos e aliados uma base de apoio qualificada para dar sustentação de governo e sustentação política, tanto para Azambuja como para os prefeitos que essa aliança eleger. O Diretório enfim poderá assumir e exercer seu grande papel, auxiliando o governo, propondo soluções, atuando na interlocução com a sociedade.