O vereador  e deputado federal eleito Zeca do PT entrou com uma representação junto ao MPE (Ministério Público Estadual) para que denúncias sobre possível direcionamento de licitações de obras em favor de empresas ligadas ao empresário João Amorim Krampe dos Santos, em troca de benefícios ao ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB), e até mesmo do atual administrador da Capital, Gilmar Olarte (PP) sejam apuradas.

João Amorim, proprietário da empresa Proteco Construções vence, durante muitos anos, as licitações para as maiores obras da prefeitura da Capital. Atualmente a empresa abocanha a maior parte da fatia dos R$ 21 milhões mensais, destinados à limpeza e à recuperação de vias públicas da capital, a chamada “Operação Tapa Buraco”. Deste montante, cerca de R$ 13 milhões vai para a empresa de João Amorim, considerado por Zeca o "papa obras" do Estado.

Outras empreiteiras ligadas ao "clube" de João Amorim seriam a LD Construções, empresa de seu genro, Luciano Dolzan, que participa junto da Financial Ambiental do Consórcio Solurb, que presta serviços de coleta do lixo e limpeza de vias públicas da Capital e a DMP Construções LTDA, que seria de outro parente próximo de Amorim.

Para Zeca, a situação é grave e o MPE precisa agir para evitar que os cofres públicos sofram mais prejuízos. Segundo informações veiculadas na imprensa, o grupo de João Amorim do qual fazem parte as empresas: Proteco, LD Construções, a Provias Engenharia, a Luca Assessoria Empresarial e a Construtora Alvorada arrecadam cerca de R$ 90 milhões por ano com licitações fraudulentas. 

João Amorim

João Amorim é sobrinho do primeiro governador do Estado, Harry Amorim da Costa, e irmão da ex-primeira dama de Campo Grande e deputada estadual eleita, Antonieta Amorim (PMDB). 

Em 2010, o empreiteiro foi citado em gravações da Operação Uragano, da Polícia Federal por supostamente recolher dinheiro de propinas de empreiteiras que venciam as licitações de obras na Capital.