19 de abril de 2024
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Novo chefe de Neymar surfa e fez Ironman e é ídolo da torcida do Barcelona

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Neymar terá um chefe diferente na sua segunda temporada no Barcelona. Depois da aposta no argentino Gerado Martino, demitido após uma temporada sem títulos, o clube catalão resolveu repetir a fórmula de sucesso que teve com Pep Guardiola e contratou Luis Enrique, um ex-jogador e ídolo da torcida. Engana-se, porém, quem pensa que a bem sucedida carreira de jogador de futebol, abandonada em 2004, foi a única experiência do treinador como atleta. É que quando pendurou as chuteiras, depois de oito temporadas no Barça, Luis Enrique não seguiu o até óbvio caminho (para quem foi capitão dos times que passou) de virar técnico. Antes disso, resolveu viajar, no sentido figurado e literal. Aos 34 anos e já ex-jogador, foi morar na Austrália em 2004. O objetivo? Se aprimorar no surfe. "É um hobby que tenho. Morei um tempo na Austrália, pois lá as condições são perfeitas para o esporte, mas agora só consigo me dedicar mais nas férias", afirmou, quando já era técnico do Barça B, em 2010. Desbravar as ondas australianas não foi a maior loucura de Luis Enrique no período que passou longe do futebol. Tido por seus ex-colegas da época de jogador como um "maluco do bem", ele os levava às gargalhadas quando dizia que completaria uma prova do Ironman após largar o futebol. O motivo da graça eram as distâncias que teria que enfrentar: 3,8 km de natação, 180 km de bicicleta e 42 km de corrida. "Quando eu dizia que iria completar uma prova de Ironman ou mesmo uma maratona, meus amigos riam. Agora acho que eles já acreditam", afirmou em 2007, depois de terminar o Ironman de Frankfurt, na Alemanha, em 10 horas e 19 minutos. A meta de Luis Enrique em 2008 era baixar o seu tempo para menos de 10 horas. No currículo já acumulava algumas maratonas. A primeira foi em 2005, em Nova Iorque. Um chamado do Barcelona, porém, mudou o seu rumo há seis anos. Foi quando Guardiola assumiu o comando do time principal, que Luis Enrique, seu amigo e ex-companheiro time e seleção, virou treinador. Ele comandou por três anos a time B do Barcelona. O sucesso do ex-colega na equipe principal era repetido na equipe de base, que conseguiu a sua melhor colocação na história, o terceiro lugar na segunda divisão. Dias tensos em Roma Viver à sombra de Guardiola era pouco para Luis Enrique, que aceitou o convite para treinar a Roma em 2011. Na Itália, assim como em Barcelona, manteve o hobby de correr e andar de bicicleta no tempo livre. Segundo ele, era a melhor maneira de aliviar a pressão. Em Roma, viveu dias tensos. Durante sua passagem, foi pressionado pela torcida, pela imprensa, mas elogiado pelos dirigentes. Mesmo assim, não teve seu contrato renovado depois de um ano. Ter colocado Totti, ídolo maior do clube, no banco de reservas decretou o seu insucesso. "É uma pessoa que vive visceralmente seu trabalho, mas os resultados influenciaram muito", justificou a época Franco Baldini, diretor geral da Roma. Depois de um ano sabático, voltou a trabalhar como técnico em 2013 ao assumir o Celta de Vigo. O clube terminou a temporada na oitava colocação do Espanhol, garantindo uma vaga para a Liga Europa. Terra