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Aulas iniciam em fevereiro mas kits escolares devem ser entregues em abril

Foto: Divulgação

A licitação para a compra dos kits de materiais escolares ainda não foi publicada no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande). No último dia 3 a assessoria da prefeitura informou que a licitação seria publicada até a data de hoje, porém não aconteceu.

Nesta manhã, a reportagem do Site MS Notícias entrou em contato com a prefeitura municipal para saber a razão do atraso na publicação da licitação. Novamente, de acordo com a assessoria, a publicação da licitação está dentro do prazo e devido a isso ela não saiu ainda.

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No ano passado os kits de materiais escolares foram entregues no mês de julho, deixando diversos alunos da Reme (Rede Municipal de Ensino) sem material durante grande período de aulas. A partir da aprovação do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), a publicação da licitação no Diogrande tem o prazo de 30 dias para acontecer, e após a escolha, a empresa ganhadora da licitação tem o prazo de 60 dias para fazer a entrega do material.

A assessoria afirma também que a entrega dos kits acontecerão até o mês de abril e não há motivos para se preocupar. O problema pode se repetir este ano, tendo em vista que as aulas se iniciam até a segunda semana de fevereiro, e que somente aconteceu o atraso no ano passado devido a toda equipe do prefeito ser nova e não ter conhecimento de como deveria acontecer a entrega.

Para o promotor da Vara da Infância e da Juventude da Capital, Sérgio Harfouche, tendo o conhecimento desse atraso no ano passado, a prefeitura não pode passar por isso mais uma vez. De acordo com ele, primeiramente o material deveria ser entregue no ato da matricula ou no primeiro dia de aula, caso não aconteça, providências podem ser tomadas como a abertura de um inquérito cível pública ou a aplicação de multas diárias decididas pelo poder judiciário.

O promotor critica os vereadores da Capital afirmando que eles devem fazer a fiscalização das ações da prefeitura e ter conhecimento se a previsão orçamentária permite a compra dos kits. “O trabalho dos vereadores não é só cassar o prefeito é. Quando os vereadores votam a lei orçamentária eles têm que ter conhecimento da verba disponível”.

Tayná Biazus