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'DISCURSO CONFUSO'

Após reunião pela manhã, Bolsonaro diz que Brasil está 'uma maravilha'

Afirmação contraditória vem em menos de 24h depois da fala de que o país estaria 'quebrado'

Na manhã de hoje (06.jan) presidente vai na contramão do que disse sobre o Brasil estar quebrado e afirma: - (Youtube/ O Globo)

Terça-feira (05.jan.2021) pela manhã, o discurso de Bolsonaro era que o Brasil está quebrado e que ele não podia fazer nada, no período da tarde ele assumia que "a gente não tem recursos para investir". Após a reunião com ministros e presidente da Caixa Econômica, que apareceu na agenda só quando já estava em curso e durou cerca de uma hora e meia, o presidente Jair (sem partido) voltou a falar com apoiadores na manhã de hoje (06.jan.2021) afirmando que o país está "uma maravilha".

Informações da agência de notícias Folhapress apontam que, em um vídeo publicado por canal simpático ao presidente, Jair Bolsonaro declara o oposto do que disse terça-feira. "Confusão ontem, você viu? Que eu falei que o Brasil estava quebrado. Não, o Brasil está bem, está uma maravilha. A imprensa sem vergonha, essa imprensa sem vergonha faz uma onda terrível aí. Para a imprensa bom estava Lula, Dilma, gastava R$ 3 bilhões por ano para eles", disse o presidente.

O que se manteve nas falas destoadas de Bolsonaro em menos de 24 horas foi o ataque à mídia e imprensa. Hoje chamada de sem vergonha, ontem foi classificada por Jair Bolsonaro como "sem caráter.

Com o desemprego batendo recorde em novembro, situação que se estende pelas famílias de 14 milhões de brasileiros, o atual mandatário afirmou que uma das razões para a falta mão de obra no mercado de trabalho é a própria população que não tem preparação para fazer "quase nada".

"Então, [o Brasil] é um país difícil trabalhar. Quando fala em desemprego, né, [são] vários motivos. Um é a formação do brasileiro. Uma parte considerável não está preparada para fazer quase nada. Nós importamos muito serviço", declarou Jair Bolsonaro.

Feita pelo IBGE, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, (PNAD COVID-19, iniciada em maio de 2020), tem por objetivo estimar o número de pessoas com sintomas referidos associados à síndrome gripal, além de monitorar os impactos da pandemia da COVID-19 no mercado de trabalho brasileiro.

Esse indicador leva em conta o mercado informal; autônomo e funcionário públicos, e apontou que a taxa de desocupação chega a 14,4%, o maior percentual da série histórica da pesquisa. Isso favorece para colocar a retomada do emprego em dúvida, apesar da geração recorde de vagas com carteira em novembro.