MS Notícias

ANDERSON DO CARMO

Flordelis nega tudo e filha da deputada assume que pagou para matar pastor

Interrogatório está em sua segunda parte, a primeira ocorreu em 18 de janeiro e a 2ª ocorreu nesta 6ª-feira (22.jan.21)

Deputada federal Flordelis dos Santos de Souza (PSD-RJ) - Fernando Frazão/Agência Brasil

Simoni dos Santos Rodrigues, a filha biológica da deputada federal Flordelis (PSD) confessou durante interrogatório que pagou R$ 5 mil pelo assassinato do pastor Anderson do Carmo (padrastro), e ainda disse ter jogado ao menos 3 celulares, da mãe, do suspeito do assassinato, e o do pastor no mar. O interrogatório está em sua segunda parte, a primeira ocorreu em 18 de janeiro e a 2ª ocorreu nesta 6ª-feira (22.jan.21). 

Anderson foi assassinado a tiros na garagem da casa em que vivia com a deputada em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, em 16 junho de 2019. Flordelis, confesosu em 18 de janeiro que sabia do plano da filha para o assassinato de Anderson.  Apesar disso, Flordelis nega que foi a mandante.  

FILHA ASSUMIU TUDO 

Simone admitiu que entregou o dinheiro à sua irmã Marzy Teixeira, para que ela pagasse o irmão Flávio, acusado de ter atirado em Anderson do Carmo.

Segundo Simone, a motivação do crime seriam as constantes investidas sexuais do pastor contra ela.

Simoni Rodrigues disse ainda que jogou três celulares no mar: o da mãe, o do pastor e o do irmão Flávio, acusado de ter atirado em Anderson do Carmo.

Nessa segunda parte a parlamentar, que está usando tornozeleira eletrônica, negou qualquer participação no crime. Foram interrogados na sexta:

Adriano dos Santos Rodrigues André Luiz de Oliveira Carlos Ubiraci Francisco da Silva Marcos Siqueira Costa Marzy Teixeira da Silva Rayane dos Santos Oliveira Simoni dos Santos Rodrigues

Flordelis chegou cedo à audiência desta sexta acompanhada dos advogados, mas não falou com a imprensa. Ela nega que tenha sido a mandante.

APOIANDO ARTHUR LIRA (PP)

Deputada Flordelis aparece em tornozeleira em ato a favor de Arthur Lira. Foto: Divulgação

Nesta quarta-feira (20.jan), a deputada Flordelis (PSD-RJ) participou de um ato no Rio de Janeiro em apoio à candidatura de Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara.

Usando uma tornozeleira eletrônica por ordem da Justiça do Rio de Janeiro, Flordelis não conversou com a imprensa e colegas de casa evitaram ser registrados ao lado da parlamentar.

Na última 3ª-feira (19.jan.21), a Procuradoria de Justiça deu parecer favorável para que a pastora seja afastada do cargo de parlamentar. De acordo com a procuradora Maria Christina Pasquinelli, “apesar do crime não ter ligação com o mandato de deputada, Flordelis pode usar o cargo para afetar o andamento do processo criminal”.