BALANÇA COMERCIAL
Superávit do primeiro bimestre ficou 22,17% inferior ao de 2020
Carta de Conjuntura do Mercado Externo aponta que variação negativa da soja refletiu na queda do saldo da balança comercial
Acumulado dos dois primeiros meses de 2021, o superávit da balança comercial de Mato Grosso do Sul fechou em US$ 175 milhões, puxado pela celulose, carne bovina e milho em grão, em termos de valores em dólar. Divulgada pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), as informações derivam de dados da Carta de Conjuntura do Mercado Externo do mês de março de 2021 e apontam que, somente o milho variou positivamente nas exportações, crescendo 200,54%, se comparado ao mesmo período de 2020.
Celulose e carne bovina variaram negativamente, acumulando -45,85% e -5,69% respectivamente. A Semagro aponta que, comparando com o primeiro bimestre de 2020, o superávit ficou 22,17% inferior.
Análise feita pelo secretário Jaime Verruck aponta a tendência de que, a partir de março, sejam intensificadas as exportações e, que a queda no saldo da balança comercial do primeiro bimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2021, reflete o recuo nas exportações de celulose.
“Esse item permanece como primeiro produto na pauta, mas a queda pode sinalizar que pode ter sido direcionado ao mercado interno. A soja também registrou diminuição, muito em decorrência do atraso no plantio e, consequentemente, na colheita. Temos uma boa safra e deveremos ter uma rápida recomposição” disse.
Nesses dois primeiros meses, o que chamou a atenção de maneira positiva foi a continuidade da demanda internacional por açúcar, com crescimento de 226,95% em relação ao ano passado. "E uma persistente e positiva ampliação no mercado externo do minério de ferro, com crescimento de 30,87% no minério de ferro e de 76,26% no ferro-gusa e ferro-ligas", afirmou ele destacando o desempenho positivo do milho, do açúcar, óleos e gorduras vegetais e do minério.
Ainda como o principal parceiro comercial de Mato Grosso do Sul, as exportações para a China recuaram 53,28%, seguida pelos Estados Unidos (7,81%) e Holanda (6,42%). A expansão das idas de produtos para os EUA foi uma surpresa e para 2021, os responsáveis esperam um bom desempenho na balança comercial sul-mato-grossense, destacando que 60% da safra da soja já foi comercializada com o exterior. "Além disso, temos uma manutenção da demanda internacional por milho, soja e minério. Apesar dessa queda, nós acreditamos que será um ano aquecido em termos de exportação, mantendo a procura pelos principais produtos de Mato Grosso do Sul, como a celulose, carnes, minério, açúcar e soja em grão”, finalizou Verruck."