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Investimentos internacionais estão caindo, diz ex-presidente do BC

Reprodução/TV Cultura

Franco criticou o sistema tributário e defendeu reformas para diminuir informalidade no país

O ex-presidente o Banco Central, Gustavo Franco , afirmou que investidores internacionais  reduziram seus investimentos no Brasil nos últimos meses. A declaração foi dada em entrevista ao Roda Viva , da TV Cultura, na noite desta segunda-feira (22).

Ao ser questionado sobre capital estrangeiro no país, Franco foi enfático ao dizer que houve redução nos investimentos. O ex-presidente do BC ainda criticou as ações do governo federal para incentivar o capital de outros países.

"Já está acontecendo. Brasília, eu acho, pensa que isso não é importante. É aquela coisa, o Brasil é interessante por causa do softpower, não tem poder militar nem exatamente econômico", afirmou.

No encontro, Franco disse estar satisfeito com o texto aprovado da PEC Emergencial e ressaltou que a situação poderia ser pior.

"Pensava que a PEC Emergencial iria ter um desfecho muito pior. Tem um gasto especial em situação de calamidade, mas continua o teto. Terá que, talvez, fazer mais alguns ajustes mais para frente", disse.  

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Informais e sistema tributário

Gustavo Franco defendeu as reformas tributária e trabalhista e afirmou que mais de 40% dos trabalhadores do Brasil são informais. O ex-presidente do Banco Central admitiu que se as reformas fossem aprovadas anteriormente o número poderia ser menor.

"O programa era destinado aos informais, pessoas fora da proteção da previdência, fora do radar tributário e trabalhista. 40% da sua força de trabalho é informal, e das empresas, então, na hora você achá-las, inclusive para pagar benefício, você não consegue", afirmou, se referindo ao pagamento do auxílio emergencial.

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"Há um problema que, talvez se tivesse andado mais rápido no passado com as reformas, a gente não tivesse 40% de informalidade no país", concluiu.

Franco ainda criticou o sistema tributário do país e ressaltou os prejuízos para pequenas empresas e trabalhadores. Segundo o economista, os trabalhadores buscam a informalidade para fugir da disfuncionalidade de regimes.

"Esse número significa disfuncionalidade no regime tributário, trabalhista e previdenciário. São três formas de disfunção que faz com que as pessoas prefiram ficar na informalidade do que na formalidade", pontou.

"Errado é a gente ter um esquema tributário tão complexo, punitivo para pequenas empresas e profissionais gerais, as pessoas acham que pagam muito imposto. Da mesma forma a legislação trabalhista, com todas as suas travas, estimula relações de trabalho mais flexíveis", criticou Gustavo Franco.

Fonte: IG ECONOMIA
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