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CORONAVÍRUS

Queiroga diz que fábricas de vacinas para animais podem produzir vacinas contra Covid

O ministro Queiroga disse que espera aumentar a produção nacional das vacinas

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga - Fotos: Tony Winston/MS

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que sem vacinas suficientes, os brasileiros precisam cooperar com as medidas sanitárias. Ele voltou a fazer um apelo para que todos usem máscara e evitem aglomerações.

A diretora da Organização Panamericana de Saúde, Socorro Gross, foi neste sábado (3) cedo ao Ministério da Saúde. Ela participou da primeira reunião de Marcelo Queiroga com o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom. Depois da videoconferência, Queiroga se reuniu com técnicos da pasta.

Na saída, o ministro disse que autoridades sanitárias brasileiras e da OMS vão verificar se é possível adaptar fábricas brasileiras de vacinas animais para a produção de vacinas para uso em humanos. Mas a medida, segundo Queiroga não terá impacto a curto prazo. Ele admitiu que neste momento o país tem doses insuficientes de vacina.

O ministro Queiroga disse que espera aumentar a produção nacional das vacinas. Afirmou que neste mês de abril espera contar com 30 milhões de doses do Butantan e da Fiocruz.

Ele explicou que o país já tem estrutura para aumentar a vacinação diária e que essa a capacidade hoje está ociosa por causa da falta de vacinas. Além disso, Queiroga disse que já recebeu aval do Ministério da Defesa para contar com a participação das Forças Armadas na imunização dos brasileiros

“Nós temos mais de 37 mil salas de vacinação em todo o país e temos uma capacidade de vacinação ainda ociosa, que é ociosa por uma série de motivos, mas sobretudo por falta de vacina. Hoje pela manhã eu conversei com Braga Netto. Nós teremos o apoio das forças Armadas, seja nas logísticas de distribuição de vacinas, seja através do corpo técnico da área da saúde ajudando estados e municípios a vacinar população brasileira de uma maneira muito efetiva”, disse o ministro.

A diretora da OPAS disse que a população precisa colaborar para o país ganhar tempo até a ampla vacinação.

“Não temos como diminuir transmissão dessa doença se nós, que cada um de nós não aplicar as medidas de utilizar máscara, de termos as mãos sempre, lavar com água e sabão, de cuidar do distanciamento físico e especialmente, não ter aglomerações. Os jovens nesse momento têm uma grande responsabilidade”, disse Socorro Gross.

Um dos principais problemas de aglomeração acontece no transporte público, que continua lotado na maioria das cidades. Queiroga disse que está elaborando um protocolo nacional para orientar municípios, estados e a população sobre uso de ônibus, vans, metro e trens.

Ele disse que a ordem no governo federal é evitar um lockdown, o fechamento das atividades não essenciais para impedir a propagação do vírus, mas que, para isso, as pessoas têm que usar máscara

“Todos sabemos que o uso de máscaras é fundamental. Para tanto é necessário que haja a adesão da população brasileira, a higiene das mãos com água e sabão, o uso de álcool gel, o distanciamento regulamentar entre as pessoas, evitar aglomerações. Evitar lockdown é a ordem, mas temos que fazer o nosso dever de casa e o dever não é só do governo federal, do governo do estado, do governo do município, é de cada um dos cidadãos. Então, não é fácil a adesão da população, então, por mais que a gente fale, vocês falam todo dia na televisão e nós não conseguimos que a população tenha uma adesão a essas medidas’, disse o ministro da Saúde.

FONTE: JN