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Ministro diz que desvalorização do Real ajudou na concessão de aeroportos

Raphael Magalhães

Governo Federal realizou a 6ª rodada de concessões de aeroportos e arrecadou R$ 3,3 bilhões

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, disse que o leilão de concessão de aeroportos públicos à iniciativa privada foi realizado em um momento estratégico, pois a moeda brasileira está depreciada no mercado externo, o que favorece investimentos internacionais. Em entrevista à CNN Brasil , Freitas exaltou os resultados desta primeira parte do Infra Week, com arrecadação de R$ 3,3 bilhões .

"Extremamente estratégico, primeiro, porque, realmente, o câmbio favorece o investimento em estrutura, os nossos ativos em dólar ficaram baratos, isso obviamente desperta a atenção do investidor, em uma situação onde o Real já está depreciado", disse.

"Era importante a gente se antecipar para chamar atenção para o Brasil. A estratégia foi acertada. Começamos a conectar investidores, já começa a chamar atenção e é sempre uma preparação para os próximos jogos. Então, foi muito oportuno fazer esse leilão nesse momento", concluiu.

As concessões realizadas nesta quarta-feira (07) fazem parte da série de leilões de estatais, aeroportos, portos, ferrovias e rodovias que devem ser privatizadas pelo governo federal. Nesta quinta-feira (08) e sexta-feira (09), o Ministério da Infraestrutura vai ceder um trecho de ferrovia na Bahia e dois portos, sendo um no Maranhão e outro no Rio Grande do Sul. A expectativa é de arrecadar R$ 10 bilhões para os cofres da União .

A opinião de Tarcísio Freitas é compartilhada pelo economista José Rita Moreira. O especialista explica que as incertezas econômicas no Brasil afastaram investidores nacionais, o que abriu brecha para o mercado internacional .  

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"As atitudes tomadas pelo governo federal, como reduzir a taxa de juros e os riscos fiscais com o pagamento do auxílio emergencial, afugentaram investidores no mercado interno, pois houve o aumento do dólar e não é rentável investir no Brasil. Há, inclusive, investidores que buscam estabilidade no mercado externo e fazem dívidas no Brasil porque sabem que o real está mais barato lá fora", afirma.

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Moreira lembra que investimentos em dólar realizados em países com moedas depreciadas são positivos para os investidores.

"Quando abaixa a taxa de juros no Brasil, há uma fuga de dólar no mercado interno o que desperta o interesse internacional. O dólar ficando mais caro no país, faz com que investidores realizem aquisições com menos dólares para comprar mais reais, ou seja, o investidor internacional ganha em cima da depreciação da moeda brasileira", explica.

Para o especialista, não há boas perspectivas para os próximos meses. Moreira acredita em estabilização do dólar após medidas econômicas concretas do governo federal.

"Não vejo, a curto prazo, uma estabilização do dólar. É necessária uma recuperação muito plausível economicamente e isso só poderá ser feito com atitudes do governo federal e do Banco Central, como o aumento da taxa de juros".

Fonte: IG ECONOMIA
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