Economia
Lava-jato: ex-presidente da Braskem confessa desvio de R$ 1,4 bi
O ex-presidente da petroquímica Braskem e da empresa de celulose Eldorado Brasil, José Carlos Grubisich admitiu nesta quinta-feira (15) que participou do esquema de pagamento de propinas que foi revelado pela Operação Lava-Jato .
A confissão aconteceu em uma audiência no tribunal federal do Brooklyn, em Nova York, e Grubisich pode ser sentenciado a até dez anos de prisão, segundo comunicado divulgado pelo Departamento de Justiça americano (DoJ).
Leia também Eike Batista soma 58 anos de prisão com nova sentença por manipulação do mercado Lava Jato e Moro tiveram influência dos EUA, afirma Le Monde Lei de Segurança Nacional não deve ameaçar liberdades, diz Kakay iG lança plataforma para comparar planos de celular e internet no mercadoGrubisich assumiu ter participado de um esquema que desviou US$ 250 milhões (R$ 1,404 bilhão) da Braskem para subornar funcionários públicos e partidos brasileiros. A intenção, apontam as investigações, era garantir os interesses da companhia. O réu também admitiu ter prestado informações falsas nos registros financeiros da empresa.
A Braskem firmou um acordo de leniência com autoridades no Brasil, Estados Unidos e Suíça, assim como sua controladora, a Novonor, o novo nome da Odebrecht. Ou seja, caso colabore nas investigações ou admita sua culpa no processo, a petroquímica teria certos benefícios, como o livramento de punições judiciais e multas.
Em um comunicado oficial, o procurador do distrito leste de Nova York, Mark J. Lesko, afirmou que o executivo brasileiro "abusou de sua posição como presidente da Braskem para facilitar e ocultar o pagamento de milhões de dólares em subornos para que a Braskem pudesse aumentar seus lucros, com benefícios pessoais também a executivos da companhia, incluindo Grubisich".