MAUS-TRATOS
Vídeo: polícia fecha rinha e resgata 44 galos mutilados no Danúbio Azul
Homem de 51 anos disse que criava os animais para exportação à Bolívia
Uma rinha de galos que funcionava no Bairro Danúbio Azul foi fechada neste domingo (25. abril), em Campo Grande. 44 galos domésticos da espécie galo-índio (Gallus gallus domesticus) com diversos ferimentos na crista, peito, com mutilações e esporas cortadas, foram resgatados.
Equipes do 9º Batalhão acionaram a Polícia Militar Ambiental (PMA) no início da tarde de ontem. Os militares foram até o local onde havia estrutura de rinha várias esporas, biqueiras artificiais, gaiolas, seringas e remédios para tratamento dos ferimentos dos galos.
Um homem de 51 anos disse que criava os bichos apenas para exportação à Bolívia, onde os animais seriam usados em rinhas. No país vizinho a prática não é ilegal, porém, no Brasil é ilegal.
Segundo a polícia, os animais eram mantidos em gaiolas de madeira e de ferro, algumas extremamente apertadas, especialmente as de madeira, com restrição de movimentos, privação de luz solar e circulação aérea inadequada, o que, por si só, caracteriza-se maus-tratos. Além disso, havia uma arena, onde eram treinados os animais para as brigas em rinhas.
O proprietário do local ainda mantinha em cativeiro ilegalmente dois pássaros silvestres da espécie curió em duas gaiolas, que também foram apreendidos e encaminhados ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS).
O infrator, residente no local, foi conduzido à delegacia de Polícia Civil na Capital e responderá por crime ambiental de maus-tratos a animais, com pena prevista de três meses a um ano de detenção. A PMA confeccionou auto de infração administrativo e aplicou multa de R$ 22.000,00 contra o infrator. Ele também foi multado em mais R$ 1.000,00 pela manutenção dos pássaros ilegalmente em cativeiro e também responderá por este crime, que tem pena prevista de seis meses a um ano de detenção.
Os galos e as gaiolas ficaram sob responsabilidade do autuado como fiel depositário, devido à falta de local adequado para serem levados, naquele momento. Assim que se consiga um local para a destinação, todo o material será recolhido. O fiel depositário precisa manter tudo como está, sob pena de prisão e nova autuação administrativa de multa ambiental.
