Economia
Auxílio Emergencial: funcionários públicos são acusados de desviar R$ 1,3 milhão
O Ministério Público Federal ( MPF ) denunciou sete pessoas entre elas, um funcionário da Caixa Econômica Federal de Goiás e um servidor do Tribunal Regional Eleitoral do Estado por fraudar 1.570 saques do auxílio emergencial com CPFs falsos. O prejuízo estimado é de R$ 1,3 milhão aos cofres públicos.
Os crimes são:
formação de quadrilha; estelionato por 1.570 vezes; inserção de dados falsos em sistemas de informação; corrupção passiva e ativa e; violação de dever funcional por 6.296 vezes.O processo corre sob sigilo, mas o MPF aponta os seguintes agravantes:
A procuradoria pede a manutenção das prisões preventivas dos denunciados, argumentando que há provas de materialidade e autoria suficientes.
Entre as evidências estão as conversas entre os acusados, com mensagens em que eles combinam como serão feitos os saques e a divisão dos valores.
O mandato requer que o grupo seja condenado a reparar pelos danos causados pelo crime com uma indenização de no mínimo R$ 1,2 milhão. Segundo o MPF, a quadrilha onerou os cofres públicos e causou dano moral coletivo.
"Como é de notório saber, filas e filas em lotéricas e agências da Caixa Econômica Federal foram ocasionadas por fraudes, saques indevidos, e a organização criminosa investigada atuou especificamente para obter lucros nessas falhas e situações de pandemia experimentadas pelo Brasil. O valor ilicitamente retirado da União totaliza o mesmo que 8.661 pessoas que teriam direito ao auxílio emergencial", aponta a acusação.