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MINISTRO DA SAÚDE

AO VIVO: Sem autonomia, Marcelo Queiroga fala pela 2ª vez na CPI

Depoimento que acontece hoje (08.jun.2021) foi convocado diante da omissão no anúncio da Copa América e após depoimento de Luana Araújo

(Reprodução/TV Senado)

Marcelo Queiroga, atual ministro da Saúde do governo Bolsonaro depõe hoje (08.jun.2021), pela segunda vez na Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia. Segundo informações da Agência Senado, esse depoimento foi antecipado por dois fatores, a decisão do Brasil em sediar a Copa América.

Presidente da Comissão, em 02 de junho, Omar Aziz (PSD-AM) fez questão de ressaltar que, 24 horas antes, o ministro estava anunciando o evento esportivo ao lado de Jair Bolsonaro. Logo no primeiro dia deste mês os senadores manifestaram indignação com o anúncio, com uma possível terceira onda citada pelo próprio Queiroga e sendo que outros países já haviam recusado a oportunidade de sediar a Copa.

Assuntos como a falta de autonomia que o Ministério tem no governo está na pauta para ser debatido com Marcelo Queiroga. Tanto a omissão do ministro diante do anúncio do evento esportivo, quanto à própria "não adesão" da infectologista Luana Araújo como Secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19. A profissional, que foi anunciada oficialmente mas não nomeada, inclusive depôs na CPI, onde foi questionada pelo relator da Comissão Parlamentar de Inquérito.

— Esse episódio da Copa América, em que ele se calou como Ministro da Saúde e preferiu ser ministro do silêncio, demonstrou, de uma outra forma, que a autonomia realmente não existe — apontou Renan durante oitiva da infectologista.

Abordada pelos senadores, Luana não soube apontar e disse que não recebeu justificativa para o fato de não ter sido convocada, ainda que o próprio ministro em exercício no Ministério da Saúde, classificou a profissional como "pessoa qualificada", mas que a "validação técnica" de nada servia sem uma "validação política".

Enquanto senadores governistas, como Marcos Rogério (DEM-RO), classificam a nova convocação de Queiroga como "ato político", o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que apresentou um dos requerimentos de convocação, diz ser clara a existência do gabinete negacionista que segue impedindo que: "os melhores quadros da ciência brasileira possam contribuir no enfrentamento à pandemia". 
 

** (Com informações Agência Senado)